A INFLUÊNCIA DA RESILIÊNCIA E INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NO DESEMPENHO PROFISSIONAL E NA GESTÃO DE EMOÇÕES NO AMBIENTE DE TRABALHO
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n6-331Palavras-chave:
Competências Emocionais, Desempenho Profissional, Gestão Afetiva, Saúde Organizacional, Resiliência no TrabalhoResumo
Não basta saber fazer: o ambiente profissional contemporâneo exige saber sentir, refletir e sustentar vínculos em meio à instabilidade. Em contextos marcados por pressões silenciosas e desafios não previstos nos treinamentos formais, a sobrevivência simbólica do trabalhador passa a depender de algo que não se ensina em manuais — a gestão emocional. Essa condição, por vezes invisibilizada em discursos meritocráticos, revela o quanto o sofrimento psíquico pode estar encoberto por resultados numéricos. Nesse cenário, não se trata apenas de resistir, mas de reorganizar sentidos. A resiliência se apresenta como capacidade de reconfigurar trajetórias diante da adversidade, enquanto a inteligência emocional reposiciona o agir cotidiano em chave relacional, compreendendo o outro como sujeito, e não como obstáculo. Ambas operam como mediações silenciosas que interferem nas lideranças, nas decisões e nos modos de pertencimento. Elas não são virtudes espontâneas: pedem cultivo, consciência e espaços formativos que legitimem o sentir como parte da competência profissional. Compreender como determinadas disposições internas — como a resiliência e a inteligência emocional — modulam o desempenho profissional e as dinâmicas relacionais no cotidiano organizacional foi o ponto de partida desta investigação. A pesquisa, orientada por uma abordagem qualitativa de cunho bibliográfico, voltou-se à análise crítica de produções acadêmicas que dialogam com o campo da psicologia organizacional, da liderança empática e dos processos formativos no trabalho. O percurso metodológico privilegiou textos que tratam das mediações afetivas e cognitivas na resolução de conflitos, da construção de ambientes emocionalmente sustentáveis e da atuação de gestores sensíveis aos fatores subjetivos do engajamento profissional.