O TRAUMÁTICO DA GESTAÇÃO E O TRAUMA DECORRENTE DE UMA GRAVIDEZ POR VIOLÊNCIA SEXUAL

Autores

  • Elen Carioca Zerbini Autor
  • Deise Amparo Autor
  • Daniela Scheinkman Autor
  • Alessandra da Rocha Arrais Autor

DOI:

https://doi.org/10.56238/arev7n6-314

Palavras-chave:

Maternidade, Trauma, Violência sexual, Gestação decorrente de estupro

Resumo

Este artigo propõe uma análise psicodinâmica da gestação decorrente de estupro, articulando conceitos psicanalíticos com os impactos físicos, psíquicos e sociais dessa vivência traumática. Sabe-se já que a gestação é um momento de grande mobilização psíquica, que desencadeia mudanças físicas, psicológicas e sociais, contudo, a gravidez decorrente de estupro é um agravante para este período e pode tornar essa vivência ainda mais ameaçadora para o psiquismo da mulher. Ao problematizar o ideal de maternidade, o texto questiona normativas sociais que desconsideram o desejo da mulher, destacando a importância de escutas clínicas empáticas, não moralizantes e que respeitem a subjetividade da mulher. Enfatiza-se a necessidade de garantir a essas mulheres o direito à escolha — seja pela continuidade da gravidez, adoção ou abortamento previsto em lei — considerando o papel essencial do cuidado institucional e da rede de apoio na construção de novos sentidos frente ao trauma. A maternidade, neste contexto, é apresentada como uma possibilidade, e não como uma imposição, abrindo espaço para experiências diversas e complexas de ser mulher, gestar e (não) maternar.

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Publicado

2025-06-27

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

ZERBINI, Elen Carioca; AMPARO, Deise; SCHEINKMAN, Daniela; ARRAIS, Alessandra da Rocha. O TRAUMÁTICO DA GESTAÇÃO E O TRAUMA DECORRENTE DE UMA GRAVIDEZ POR VIOLÊNCIA SEXUAL. ARACÊ , [S. l.], v. 7, n. 6, p. 34488–34502, 2025. DOI: 10.56238/arev7n6-314. Disponível em: https://periodicos.newsciencepubl.com/arace/article/view/6206. Acesso em: 5 dez. 2025.