RESPOSTAS DE SAÚDE PÚBLICA ÀS PANDEMIAS NO BRASIL: ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE A GRIPE ESPANHOLA, H1N1 E COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n6-257Palavras-chave:
Saúde pública, Pandemias, Sistema Único de Saúde, Políticas sanitárias, COVID-19Resumo
O presente estudo analisou as respostas do Brasil diante de três pandemias que marcaram sua história sanitária: a Gripe Espanhola (1918), o H1N1 (2009) e a COVID-19 (2020). O problema investigado centrou-se nas fragilidades e avanços das políticas públicas de saúde em contextos de crise. O objetivo geral consistiu em compreender, por meio de uma análise comparativa, como o país respondeu a essas emergências, considerando aspectos institucionais, sociais e éticos. A pesquisa utilizou metodologia qualitativa, de caráter bibliográfico, fundamentada em autores brasileiros da área da saúde coletiva, história da medicina e bioética. Os resultados indicaram que houve avanços significativos no campo institucional, como a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) e a consolidação da vigilância epidemiológica. No entanto, identificaram-se persistentes desigualdades sociais, desarticulação federativa e lacunas na comunicação pública. A análise revelou que, enquanto a pandemia de H1N1 apresentou uma resposta técnica coordenada, a COVID-19 foi marcada por tensões políticas, negacionismo científico e sobrecarga do sistema de saúde. As instituições científicas brasileiras, como a Fiocruz e o Instituto Butantan, desempenharam papel decisivo na mitigação dos impactos sanitários. Concluiu-se que a memória histórica das pandemias deve ser incorporada ao planejamento das políticas de saúde. O fortalecimento do SUS, o investimento em ciência e a valorização da equidade emergiram como elementos centrais para a preparação frente a futuras emergências sanitárias.