REDES SOCIAIS, INTERNET E ACADÊMICOS DE MEDICINA: RELAÇÃO COM INDÍCIOS DE ANSIEDADE E DEPRESSÃO
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n6-233Palavras-chave:
Saúde mental, Estudantes de medicina, Redes sociais, Ansiedade, DepressãoResumo
Objetivo: Investigar a correlação entre indicadores do uso de internet e redes sociais e a presença de sintomas ansiosos e depressivos em estudantes de graduação em Medicina. Metodologia: Estudo quantitativo, exploratório e descritivo, realizado com 174 estudantes de medicina de uma instituição privada de uma cidade de grande porte do Interior do Estado de Minas Gerais. Foram aplicados questionários sociodemogrâficos, Internet Addiction Test (IAT), Inventário de Ansiedade de Beck (BAI) e Inventário de Depressão de Beck (BDI). Os dados foram analisados através de estatísticas descritivas, testes de normalidade de Shapiro-Wilk, correlações de Spearman e testes comparativos de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis. Resultados: A maioria dos participantes apresentou dependência leve de internet (55,75%), níveis mínimos de ansiedade (51,72%) e depressão (62,07%). Identificaram-se correlações positivas significativas entre IAT-BAI (rho=0,3442; p<0,001), IAT-BDI (rho=0,3543; p<0,001) e BAI-BDI (rho=0,5975; p<0,001). Participantes do sexo feminino apresentaram níveis significativamente superiores de ansiedade (p=0,0002). Observou-se relação dose-resposta entre tempo de uso da internet e escores de dependência (p=0,0032). Conclusão: Evidenciou-se associação significativa entre o uso problemático da internet e sintomas de ansiedade e depressão em estudantes de medicina, com prevalência preocupante de sofrimento psicológico nesta população. Os achados destacam a necessidade de intervenções preventivas e fortalecimento dos serviços de apoio à saúde mental no ambiente acadêmico.