O PAPEL DO PROFISSIONAL DE SAÚDE NO ATENDIMENTO HUMANIZADO A PACIENTES COM NECESSIDADES ESPECIAIS NA ATENÇÃO BÁSICA
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n6-213Palavras-chave:
Atendimento humanizado, Pessoas com deficiência, Atenção básica à saúdeResumo
A humanização no atendimento em saúde tem se consolidado como princípio fundamental nas práticas do Sistema Único de Saúde (SUS), buscando promover um cuidado centrado na pessoa, que valorize a escuta, o respeito e a singularidade de cada indivíduo. No caso das pessoas com deficiência, esse cuidado humanizado assume especial relevância, diante das múltiplas barreiras enfrentadas para acessar os serviços de saúde, incluindo obstáculos físicos, sociais, comunicacionais e atitudinais. Este estudo teve como objetivo compreender o papel do profissional de saúde no atendimento humanizado de pessoas com deficiência, por meio de uma revisão integrativa da literatura. A metodologia adotada consistiu em uma revisão integrativa com recorte temporal entre os anos de 2020 a 2024. As buscas foram realizadas na base de dados LILACS, por meio da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando os descritores “atendimento humanizado a pacientes com deficiências” e “pacientes com deficiência na Atenção Básica”. Foram aplicados critérios de inclusão e exclusão, resultando na seleção de cinco artigos científicos. Os resultados evidenciaram que o atendimento humanizado a pessoas com deficiência ainda enfrenta importantes desafios no contexto da atenção básica. Dentre os principais entraves estão a formação insuficiente dos profissionais, a carência de recursos humanos e tecnológicos, bem como desigualdades regionais que afetam a qualidade dos serviços. Por outro lado, experiências exitosas foram observadas em equipes que adotam práticas de cuidado centrado na pessoa e que atuam de forma integrada e interdisciplinar. Conclui-se que o fortalecimento do atendimento humanizado exige investimentos contínuos em formação profissional, melhoria da infraestrutura dos serviços e implementação de políticas públicas inclusivas. Tais medidas são essenciais para garantir o acesso equitativo, a qualidade do cuidado e o exercício pleno do direito à saúde por parte das pessoas com deficiência.