ENSINO E INCLUSÃO DE ESTUDANTES COM AUTISMO: O PAPEL DAS TECNOLOGIAS NA CONSTRUÇÃO DE AMBIENTES EDUCACIONAIS ACESSÍVEIS
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n6-191Palavras-chave:
Acessibilidade, Autismo, Inclusão, Mediação Digital, TecnologiaResumo
A escola que se pretende inclusiva ainda convive com silêncios incômodos quando se trata de acolher, de fato, a singularidade dos estudantes com autismo. As práticas cotidianas revelam não só a ausência de recursos físicos ou metodológicos, mas sobretudo a carência de escuta atenta, de disponibilidade institucional e de repertórios pedagógicos que reconheçam a complexidade das experiências neurodiversas. É nesse vácuo entre o discurso da inclusão e sua efetivação concreta que as tecnologias podem adquirir papel formativo, desde que não reduzidas à condição de ferramenta técnica. Convém refletir que não se trata de acoplar recursos digitais à sala de aula de forma acrítica, mas de considerar como esses recursos, quando bem mediados, contribuem para romper dinâmicas excludentes e ampliar as formas de participação sensível no espaço escolar. Talvez seja justamente na potência relacional das tecnologias — nos modos como podem gerar aproximações, traduzir afetos ou mediar a linguagem — que resida uma de suas maiores contribuições para a inclusão de sujeitos com TEA. O objetivo deste estudo é compreender como o uso de tecnologias pode colaborar na criação de ambientes educacionais mais acessíveis a estudantes com autismo, ampliando sentidos de pertencimento e escuta no contexto escolar. A pesquisa desenvolvida é de base bibliográfica e qualitativa, ancorada em autores que problematizam a inclusão, os dispositivos digitais e os desafios ético-pedagógicos da neurodiversidade.