CULTURA CORPORAL COMO TERRITÓRIO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORAS: A POTENCIALIDADE DAS PRÁTICAS CORPORAIS
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n6-148Palavras-chave:
Formação de professoras, Corporalidade, Cultura corporalResumo
Este artigo visa refletir sobre o papel das práticas corporais na formação de professoras, destacando o processo de desenvolvimento de uma cultura do e no corpo. Para isso, valeu-se do trabalho realizado junto à disciplina EDM0677 - Cultura Corporal: Fundamentação, Metodologia e Vivências, ministrada para estudantes do curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade de São Paulo. O foco da análise se dirige a partir da experiência vivida no primeiro semestre de 2022, momento que marca uma volta gradual às aulas, após a pandemia de COVID-19. A experiência, conforme será apresentada, significou uma importante retomada aos estudos das práticas corporais das professoras em formação. Isto, pois, a falta do corpo a corpo, gerada pela forçada educação à distância do período pandêmico, havia causado muitos receios à interação e ao toque. Este artigo retoma inquietações acerca da formação de professoras e objetiva debruçar-se em três aspectos convergentes: uma proposta de significação do conceito de cultura que se apoia no corpo; a potencialidade das práticas corporais na formação de professoras[1], o pensamento de aula como território de culturas. Para isso, se pautou por uma metodologia de pesquisa qualitativa que articula a prática vivenciada, os registros fotográficos, diário de campo, percepções das alunas advindas de comentários durante as aulas, os planejamentos das aulas atrelados a conceitos e proposições vindos de autores que consideram o corpo como eixo do ensino e da aprendizagem, assim como agente de transformação da realidade escolar. A partir da pesquisa realizada foi possível refletir e reafirmar a importância das práticas corporais na formação de professoras, assim como fundamentar debates sobre um pensamento de aula que se apoia no corpo e suas possibilidades de criação, recepção, sensibilidade, presença, ensino e aprendizagem.
[1] Ao longo do texto falaremos das estudantes da disciplina sempre no feminino, visto que a maioria da turma era composta por mulheres.