AVALIAÇÃO DA TEMPERATURA AXILAR DE RECÉM NASCIDOS ADMITIDOS EM UNIDADE NEONATAL DE UM HOSPITAL TERCIÁRIO DO OESTE PAULISTA
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n6-141Palavras-chave:
Hipotermia, Recém-nascido, Morbidade, Qualidade de vidaResumo
Os distúrbios relacionados à temperatura em recém-nascidos (RN) é causa de morbimortalidade nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatais (UTIN). RNs possuem capacidade limitada de manter a homeostasia. Hipotermia pode ocasionar lesões pulmonares e cerebrais irreversíveis. Tendo em vista tais consequências é importante avaliar a prevalência do quadro em RNs admitidos na UTIN e os fatores relacionados, com o intuito de melhorar a assistência neonatal. Objetivou-se avaliar a prevalência de hipotermia em RN admitidos na UTIN, fatores associados, temperatura após três horas da admissão e a relação temporal com a entrada na unidade e o alcance da normotemia. Esse estudo de coorte retrospectivo, foi conduzido através da análise de prontuários de RN admitidos em UTIN em 2022 e 2023. (Idade gestacional, o peso de nascimento, Apgar, realização de manobras de reanimação,temperatura à admissão na UTIN e três horas). Esses foram submetidos a uma análise estatística descritiva com média e frequência absoluta e relativa das variáveis. Dos 209 prontuários de RN analisados, 178 (85,17%) não chegaram à UTIN com a temperatura corporal adequada, (≥ 36,5°C). Dos 178, 56 (31,46%) necessitaram de manobras de reanimação na sala de parto. Após 3 horas da admissão, 55 RN (26,32%) não atingiram a temperatura de ≥ 36,5°C. Sendo, 34 (61,82%) prematuros de idade gestacional <= l a 34 semanas, entre eles, 33 (97,06%) com peso <= a 2,5 kg. Esse achado é relevante, pois a hipotermia neonatal está associada a complicações. Além disso, o fato de 31,46% dos RN necessitaram de manobras de reanimação sugere uma correlação entre a hipotermia e a gravidade clínica dos RN. Após três horas do RN na UTIN, 55 não atingiram a temperatura ideal, sugerindo que as medidas de aquecimento implementadas podem não ter sido eficazes. Sendo, 61,82% pré-termos com idade gestacional <= a 34 semanas e 97,06% destes apresentavam peso <= a 2,5 kg. Confirmando que os RN prematuros e de baixo peso fazem parte de um grupo de risco para hipotermia. Evidenciou-se uma prevalência, de 85,17% de RN que não atingiram a temperatura corporal de 36,5 ao chegarem à UTIN. 31,46% desses necessitou de manobras de reanimação na sala de parto. Após três horas da admissão, 26,32% não atingiram a temperatura de >= 36,5. A maioria era composta por pré-termos com idade gestacional <= a 34 semanas e com peso <= a 2,5 kg.
Portanto, este estudo destaca a importância crítica do monitoramento e manejo da temperatura corporal em RN, especialmente em prematuros e de baixo peso. Assim como a necessidade de melhorias nos protocolos de aquecimento e estabilização térmica. A implementação de medidas eficazes para assegurar a normotermia é essencial para reduzir a necessidade de intervenções de reanimação e melhorar os desfechos neonatais.