FITOTERAPIA BASEADA EM EVIDÊNCIAS E EXPERIÊNCIAS PARA O MANEJO DE INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO (ITUS) NO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n6-062Palavras-chave:
Plantas medicinais, Resistência bacteriana, Prática clínica, Práticas integrativas e complementares, Sistema Único de SaúdeResumo
As infecções do trato urinário (ITUs) representam uma das infecções bacterianas mais comuns globalmente, com alta incidência entre mulheres. Diante do crescente desafio da resistência antimicrobiana, a fitoterapia surge como estratégia complementar promissora. Este estudo realiza uma sistematização baseada na metodologia da Fitoterapia Baseada em Evidências e Experiências aplicada à Prática Clínica, conforme Rossato, Dal-Bó e Citadini-Zanette (2024), utilizando o modelo de Validação Direta – Nível 1 (VD1). Foram identificadas 18 espécies vegetais com comprovação científica e respaldo regulatório para o manejo das ITUs. Dessas, Arctostaphylos uva-ursi destaca-se por sua ação antimicrobiana descrita nos documentos oficiais, enquanto Echinacea purpurea e Vaccinium macrocarpon apresentam propriedades imunomoduladoras e antiadesivas, respectivamente. As demais espécies, como Phyllanthus niruri e Equisetum arvense, atuam como diuréticos leves e adjuvantes em casos não complicados. A pesquisa revelou que apenas quatro espécies possuem registro ativo como fitoterápico simples junto à ANVISA, e a maioria dos extratos identificados para todas as espécies é de uso domiciliar, exigindo preparo correto para eficácia clínica. O estudo reforça a necessidade de ampliar a formação de profissionais na área e atualizar diretrizes clínicas para contemplar a fitoterapia oficial. Destaca-se ainda a importância de políticas públicas que integrem práticas tradicionais e evidências científicas, promovendo o uso seguro e racional das plantas medicinais no SUS. A sistematização proposta oferece subsídios clínicos e regulatórios para a prescrição de fitoterápicos no tratamento coadjuvante e prevenção das ITUs.