IDADE GESTACIONAL E DESENVOLVIMENTO DE LESÕES ORAIS FÚNGICAS EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n5-409Palavras-chave:
Candidíase bucal, Infecção fúngica disseminada, Recém-nascido, Terapia intensiva neonatalResumo
Esta revisão tem por objetivo apurar a relação entre idade gestacional e desenvolvimento de lesões fúngicas do gênero Candida na cavidade bucal de prematuros intubados orotraquealmente em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTINs). Buscaram-se artigos de 2014 a 2024 nas bases BVS, PubMed e Google Scholar, usando os descritores “candida infection”, “newborn”, “neonatal intensive care”, “candidíase”, “recém-nascido” e “terapia intensiva neonatal”. Pelos critérios de inclusão (irrepetibilidade, data de publicação e relação temática), selecionaram-se 24 artigos. De forma geral, manifestações de candidíase oral pseudomembranosa em prematuros estavam relacionadas à prematuridade, baixo peso, complicações respiratórias, imaturidade do sistema imunológico, baixa integridade das mucosas, longas internações, uso de antimicrobianos de largo espectro, potencial de virulência, fácil adesão deste fungo a células epiteliais dos tecidos moles e a dispositivos de suporte à vida, e elevado percentual de UTINs com presença deste patógeno. Merece destaque a relação inversamente proporcional entre menor idade gestacional (prematuridade) com intubação orotraqueal e o aparecimento de lesões por infecção fúngica do gênero Candida por força de alguns fatores. CONCLUSÃO: A patogenicidade desses agentes fúngicos e sua capacidade em formar biofilmes com outras espécies microbianas enfatizam a necessidade do cumprimento de protocolos de biossegurança, higienização das mãos, administração de profilaxia antifúngica em casos necessários, avaliação e higienização da cavidade bucal, bem como a substituição de dispositivos comprometidos estruturalmente por biofilmes fúngicos, visando à proteção de neonatos, especialmente os extremos e muito prematuros, internados em UTINs.