IDENTIDADE INDIVIDUAL E COLETIVA NA MORTE E NO MORRER: REFLEXOS NA IMAGEM DA CIDADE
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n5-012Palavras-chave:
Espaço Fúnebre, Identidade, Morte, Imagem da cidadeResumo
O afastamento da morte nas dinâmicas sociais modernas foi uma realidade alimentada pelo avanço da medicina, pela melhoria das condições sanitárias e pelo aumento da expectativa de vida. Esses fatores contribuíram para que a morte se tornasse um evento menos frequente no cotidiano das pessoas, deslocando-a do espaço público para o privado, e posteriormente, para o invisível. Assim, não sendo necessário lidar com ela de forma constante ou imediata, instaurou-se uma espécie de negação coletiva da finitude humana. Essa recusa em encarar a morte, entretanto, gera impactos profundos quando o indivíduo é confrontado com uma perda repentina, precoce ou considerada inaceitável, quebrando a ilusão de controle sobre a vida. Como resposta a esse rompimento, surgem formas diversas de entender, viver e expressar o luto e a morte na contemporaneidade, que variam desde práticas ritualísticas renovadas até a criação de espaços virtuais de memória. Esses novos modos de relação com a morte implicam, de maneira direta, nas representações físicas e sociais observadas nos espaços fúnebres atuais, como cemitérios, memoriais e plataformas digitais de homenagem, que refletem as transformações culturais e emocionais do homem moderno diante do morrer.