TRIMETILAMINÚRIA E TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL COMO OPÇÃO DE INTERVENÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n4-202Palavras-chave:
Trimetilaminúria (TMAU), Distúrbios metabólicos, Apoio psicológico, Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), Intervenção psicológica, Saúde mental e doenças rarasResumo
A Trimetilaminúria (TMAU), conhecida como síndrome do odor de peixe, é uma condição metabólica rara que impede a metabolização da trimetilamina, resultando em um odor corporal intenso e desagradável. Essa condição impacta significativamente a qualidade de vida dos indivíduos, levando ao isolamento social, dificuldades em ambientes de trabalho e escolares, e afetando negativamente a autoestima. Os portadores de TMAU frequentemente enfrentam estigmas sociais, o que pode culminar em sérios problemas de saúde mental, como ansiedade, depressão e ideação suicida. Embora não haja cura para a TMAU, os sintomas podem ser controlados por meio de intervenções dietéticas, farmacológicas e rigorosas práticas de higiene. Nesse contexto, a psicoterapia, especialmente a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), emerge como uma ferramenta essencial. A TCC oferece um tratamento estruturado e baseado em evidências, promovendo não apenas alívio emocional, mas também autonomia e empoderamento, o que contribui para uma maior satisfação com a vida, mesmo diante dos desafios impostos pela condição crônica. Essa abordagem terapêutica está em constante evolução, incorporando novas práticas que ampliam a compreensão do tratamento. Técnicas como aceitação e mindfulness (atenção plena) tornaram-se fundamentais, ajudando os pacientes a acolher suas experiências internas sem julgamento, o que favorece o bem-estar. Adicionalmente, a ativação comportamental estimula o engajamento em atividades que proporcionam prazer e significado, essenciais para a recuperação emocional. A evolução da TCC, que integra métodos de diversas disciplinas, resulta em uma abordagem mais flexível e adaptável às necessidades de cada indivíduo. Dessa forma, busca-se não apenas tratar os sintomas, mas também promover uma transformação significativa na maneira como os pacientes lidam com suas emoções e relações, favorecendo uma vida mais digna e gratificante. Por fim, é crucial investir em pesquisas nas áreas psicossociais para evitar o reducionismo biologista no tratamento da TMAU. É necessário ampliar o manejo e os recursos de suporte psicológico, com uma compreensão mais profunda da condição e seus impactos, especialmente na formação de profissionais de saúde. Assim, poderemos oferecer um apoio mais eficaz, permitindo que os pacientes superem suas dificuldades e alcancem uma vida de maior qualidade e dignidade.