ANÁLISE DO MANEJO E AVALIAÇÃO DA DOR EM RECÉM-NASCIDOS HOSPITALIZADOS EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL (UTIN)

Resumo

As Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTINs) são ambientes especializados projetados para fornecer cuidados intensivos a recém-nascidos com condições graves de saúde. No entanto, os neonatos internados nessas unidades geralmente são submetidos a vários procedimentos dolorosos, que, se não forem gerenciados adequadamente, podem levar a consequências fisiológicas e de neurodesenvolvimento a curto e longo prazo. Dada a capacidade limitada dos recém-nascidos de expressar verbalmente a dor, os métodos de avaliação eficazes dependem de indicadores comportamentais e fisiológicos. Várias escalas validadas de avaliação da dor foram desenvolvidas para aumentar a precisão da avaliação da dor nessa população vulnerável. Este estudo tem como objetivo analisar a efetividade dos instrumentos de avaliação da dor em recém-nascidos internados em UTIN, destacando sua importância na orientação de estratégias adequadas de manejo da dor. Uma revisão abrangente da literatura foi realizada nas principais bases de dados, incluindo PubMed, SCIELO, Medline, Lilacs, Cochrane Library e Google Scholar. Foram incluídos artigos publicados em português, inglês e espanhol entre 2013 e 2020, enquanto estudos com mais de dez anos foram excluídos para garantir relevância. Os achados enfatizam que a avaliação sistemática da dor usando escalas padronizadas é crucial para minimizar o estresse e o desconforto em neonatos, melhorando os resultados gerais da assistência neonatal. Além disso, o treinamento adequado dos profissionais de saúde no uso dessas ferramentas é essencial para otimizar o manejo da dor neonatal e garantir uma abordagem mais humana e individualizada no atendimento ao paciente. Esta revisão ressalta a necessidade de maior conscientização e implementação de protocolos estruturados de avaliação da dor em UTINs, defendendo esforços multidisciplinares para integrar o manejo da dor como um aspecto fundamental da terapia intensiva neonatal. Pesquisas futuras devem se concentrar em refinar as ferramentas existentes de avaliação da dor e explorar abordagens inovadoras e não invasivas para melhorar a qualidade do atendimento a recém-nascidos hospitalizados