O CARÁTER COMERCIAL DAS CIDADES OCIDENTAIS DA BAIXA DA IDADE MÉDIA
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n3-030Palavras-chave:
Ressurgimento, Cidades Medievais, Mercadores, Produção, ComércioResumo
Este artigo faz uma breve análise historiográfica acerca do caráter econômico que se revestiram as principais cidades medievais, “ressurgidas” entre os séculos XI e XIV no Ocidente europeu. Inicialmente, discorremos sobre um antigo debate existente entre os historiadores que trata das divergências relativas à motivação que levou ao “reaparecimento” da vida urbana no período denominado de “Baixa Idade Média”. Seriam essas aglomerações urbanas o resultado da ampliação dos antigos burgos, a continuidade das antigas cidades episcopais ou o resultado da ampliação e intensificação das relações comerciais desenvolvidas pela nova “classe” de homens ricos, os mercadores, no velho mundo? Buscamos entender em que aspectos essas novas aglomerações urbanas se diferenciaram das antigas cidades do Ocidente, especialmente no campo econômico e social. Ao final abordamos as principais mudanças que se operaram nas mentalidades da sociedade medieval no que diz respeito a forma de pensar suas relações sociais, com destaque para influência provocada pelas transformações práticas ocorridas na base produtiva e comercial na fase final da Idade Média e, o efeito disso no processo de reformulação dos novos conceitos sociais.