A EDUCAÇÃO (IM)POSSÍVEL NA ORDEM DO CAPITAL – BNCC, EDUCAÇÃO INTEGRAL E OS DESAFIOS PARA UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA TRANSFORMADORA
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n2-307Palabras clave:
BNCC, Educação Integral, Neoliberalismo, Formação CríticaResumen
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), ao mesmo tempo em que propõe uma formação integral do estudante, reforça uma perspectiva tecnicista e alinhada às demandas do mercado, limitando a autonomia docente e a construção de uma prática crítica. No contexto do neoliberalismo, a Educação Integral é esvaziada de seu potencial transformador e convertida em um mecanismo de adequação ao mundo do trabalho, priorizando competências e habilidades instrumentais em detrimento da formação humanística. Dito isso, indagamos: De que maneira a BNCC e a concepção de Educação Integral, dentro da lógica neoliberal, favorecem a adaptação dos estudantes às demandas do mercado em detrimento de uma formação crítica e emancipadora? De posse dessa indagação, nos ancoramos no aporte teórico de Laval (2019), Antunes (2018), Frigotto (2010), Tonet (2016), Castanho & Mancini (2016), Laval & Dardot (2016), Gadotti (2009), Antunes & Pinto (2017), Apple (2001), Manacorda (2007), Marx & Engels (2011), Lombardi (2010), Mészáros (2008), Saviani (2013), Freire (2014) e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), entre outros. Dito isso, a pesquisa é de cunho qualitativa a partir de Minayo (2006), descritiva e bibliográfica (Gil, 2008) e com o viés analítico compreensivo a partir de Weber (1964). Os achados da pesquisa indicam que a BNCC, ao enfatizar competências e habilidades alinhadas ao mercado, reduz a autonomia docente e a formação crítica dos estudantes, consolidando uma lógica de adequação ao mundo do trabalho. A concepção de Educação Integral, dentro do modelo neoliberal, prioriza a empregabilidade em detrimento do desenvolvimento humano pleno, esvaziando seu potencial emancipador. Além disso, observa-se uma padronização curricular que restringe abordagens pedagógicas contextualizadas e transformadoras. O estudo também aponta a influência das diretrizes da LDB na legitimação desse modelo, reforçando a mercantilização da educação.
