“PROFESSOR, VOCÊ ESTÁ TRAINDO A GENTE?” A MONOGAMIA DOS AFETOS NO HORIZONTE DA SALA DE AULA A PARTIR DA PERSPECTIVA DA PEDAGOGIA CONFESSIONAL DE BELL HOOKS
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n1-077Palavras-chave:
Pedagogia Confessional, Relações Afetivas, Monogamia dos Afetos, Educação DemocráticaResumo
As relações humanas, em qualquer campo da vida social, são permeadas por sentimentos, que constituem um substrato essencial das interações. No contexto educacional, a dinâmica entre alunos e professores, moldada ao longo dos anos do percurso acadêmico e da prática docente, influencia decisões cotidianas e processos pedagógicos. Este estudo inédito se ancora na pedagogia confessional de bell hooks, conforme apresentada na obra “Ensinando a Transgredir” (2017), para explorar como as relações afetivas intraescolares contribuem para a construção de um espaço de ensino mais autêntico e humano. A pesquisa investiga o conceito de “monogamia dos afetos”, um paradigma que emerge nas relações entre docentes e discentes, desafiando a pluralidade e a horizontalidade das interações no ambiente escolar. A questão norteadora é: De que maneira a pedagogia confessional de bell hooks pode contribuir para a compreensão e ressignificação das relações afetivas no espaço escolar, considerando o conceito de “monogamia dos afetos”? A metodologia adotada utiliza uma abordagem qualitativa com base em Minayo (2016), que explora as relações sociais em sua complexidade, permitindo uma análise profunda das experiências afetivas no contexto escolar, em Gil (1999), que orienta a construção de um estudo descritivo e bibliográfico e em Weber (2006), que subsidia uma análise compreensiva enfocando os significados atribuídos pelos sujeitos às relações afetivas escolares, considerando as dimensões culturais e subjetivas envolvidas. A pesquisa destaca a relevância de considerar as dimensões afetivas nas práticas pedagógicas propondo a pedagogia confessional como um caminho para ressignificar as relações na sala de aula ao romper com a “monogamia dos afetos” é possível construir espaços educativos mais plurais e democráticos que favoreçam o crescimento emocional e acadêmico de todos os envolvidos.