ESTUDO DA CORRELAÇÃO ENTRE AS HORAS DE TRABALHO E A AUTOMEDICAÇÃO PRATICADA POR ENFERMEIROS
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n1-046Palavras-chave:
Jornada de Trabalho, Automedicação, EnfermeirosResumo
O exercício profissional do enfermeiro está fortemente associado as longas jornadas de trabalho, e isto influencia negativamente o seu bem-estar físico, mental e psicológico, portanto, alguns recorrem a automedicação como alternativa para alívio de sintomas. Este trabalho é uma revisão integrativa de literatura de artigos publicados entre 2013 a 2023. A busca foi conduzida pela estratégia PICo e operadores booleanos, utilizando as bases de dados Pubmed, Lilacs, Scielo e Biblioteca Virtual em Saúde. Foram encontrados 276 artigos, dos quais 12 artigos originais foram incluídos conforme grau de elegibilidade. Os critérios de exclusão foram artigos incompletos, que possuíam outra variável além de automedicação, revisões, relatos de casos, duplicatas e artigos que não contemplavam o assunto. Entre os enfermeiros, observou-se forte associação entre automedicação e longos turnos de trabalho, pois a prática alivia inúmeros fatores estressores, principalmente cansaço, sono e dores. Adicionalmente, este comportamento está diretamente ligado a disponibilidade dos fármacos e a autoconfiança por conhecer as drogas e seus efeitos. Foi identificado maior frequência de uso por mulheres, devido principalmente a dupla jornada, profissional e doméstica. O trabalho do enfermeiro exige atenção e destreza, que são prejudicadas por má qualidade do sono e cargas horárias exaustivas. Assim, a automedicação fornece alívio imediato ao profissional, porém com risco de mascarar problemas de saúde mais graves. Logo, evidencia-se a necessidade de um piso salarial com carga horária adequada, campanhas de sensibilização quanto as extensas horas de trabalho e programas que facilitem consultas médicas em prol da otimização da assistência e saúde do trabalhador.