ANTIGRIPAIS NO BRASIL: COMERCIALIZAÇÃO ANTES E DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev6n4-406Palavras-chave:
Antigripais, Automedicação, Covid-19, Estudos ecológicos, FarmacoepidemiologiaResumo
Na pandemia da covid-19 muitos medicamentos sem evidências foram utilizados para prevenção e tratamento. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi analisar a comercialização de medicamentos antigripais no Brasil, antes e durante a pandemia da covid-19, descrevendo a série histórica e comparando seus resultados. Trata-se de um estudo de utilização de medicamentos, do tipo observacional ecológico descritivo e quantitativo, realizado a partir de dados secundários e consolidados do Sistema de Acompanhamento de Mercado de Medicamentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Os dados de comercialização de antigripais foram levantados para o período de 2017 a 2021. Nos cinco anos analisados foram comercializadas cerca de 370 mil embalagens de medicamentos classificados como antigripais sem anti-infecciosos no Brasil, com um faturamento de pouco mais de US$ 600 milhões. As análises do período mostraram a redução da comercialização nos meses da pandemia e uma tendência de aumento da comercialização no mês de março, entre os anos levantados no estudo, com exceção do ano de 2021. O estudo propiciou uma análise histórica do comportamento do mercado dos medicamentos antigripais no Brasil, em especial no período da pandemia e observou uma alteração do padrão de seu consumo. O conhecimento do comportamento de consumo de medicamentos em uma população pode subsidiar as medidas para a orientação quanto ao seu uso correto e responsável pois, embora de venda livre, não estão isentos a efeitos adversos.