A CRISE ECONÔMICA, UM FENÔMENO QUE A TEORIA ECONÔMICA NÃO PREVÊ
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev6n3-055Palavras-chave:
Teoria Econômica, Crise econômica, Crise econômica globalResumo
As crises econômicas são fenômenos recorrentes na história da economia e intensificados a partir do século 20, com ciclos cada vez mais curtos, com dimensões locais ou globais, parecendo ir de encontro às teorias econômicas e às tentativas de agentes econômicos, governos e autoridades no planejamento e exercício de um controle eficiente. O objetivo deste artigo é defender a hipótese de que a ocorrência de crises econômicas é um fenômeno cíclico da economia, inevitável, imprevisível e incontrolável e que as teorias econômicas baseadas na regra "ceteris paribus" não são suficientes para predizê-las e preveni-las. Foram realizadas pesquisas bibliográficas e análises documentais para identificar teorias, fundamentos, fatos, dados e informações históricas em relação às três grandes crises econômicas globais (1929, 1973 e 2008), analisando teorias, marcos e modelos de governança atuais e confrontando-os nas três crises. Nesse sentido, confirmaram-se as hipóteses de que essas crises fossem inevitáveis, imprevisíveis e incontroláveis, considerando o número de agentes, variáveis de forças políticas, sociais e ideológicas, interesses difusos de diferentes grupos e dos fatores a serem administrados, além do despreparo, descoordenação e ingenuidade de agentes e governos. Pode-se concluir que as teorias econômicas, baseadas na regra ceteris paribus, não são suficientes para prever e prevenir a ocorrência de crises econômicas, uma vez que os inúmeros executores têm interesses difusos e capacidades limitadas.