DO PENSAMENTO SIMPLIFICADOR À COMPLEXIDADE: VIVÊNCIAS AGROECOLÓGICAS NO ENSINO DE BIOLOGIA
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n12-233Palavras-chave:
Ensino de Biologia, Educação Ambiental, Complexidade, Agroecologia, Pesquisa-açãoResumo
O ensino de Biologia no Ensino Médio frequentemente se organiza a partir de abordagens fragmentadas, alinhadas ao que Edgar Morin denomina Pensamento Simplificador, o que dificulta a compreensão das inter-relações entre os fenômenos da vida. Este artigo analisa a Agroecologia como um caminho pedagógico capaz de favorecer o desenvolvimento do Pensamento Complexo no âmbito da Educação Ambiental. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, do tipo pesquisa-ação, desenvolvida com estudantes do 3º ano do Ensino Médio de uma escola privada do município de Sorocaba-SP. A intervenção consistiu em atividades pedagógicas realizadas em um Espaço de Aprendizagem Agroecológica universitário, envolvendo práticas como bioconstrução e ciclagem da matéria, articuladas a saberes tradicionais. Os resultados indicam que a vivência em ambientes agroecológicos contribuiu para a superação de concepções lineares sobre os sistemas naturais. As produções dos estudantes evidenciaram maior capacidade de relacionar dimensões sociais, ambientais, culturais e científicas, apontando para uma compreensão mais integrada das relações sociedade-natureza. Conclui-se que a Agroecologia se constitui como uma estratégia relevante para fortalecer a Educação Ambiental crítica no Ensino Médio.
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