METODOLOGIAS ATIVAS NA EPT - CONTRADIÇÕES E POSSIBILIDADES

Autores

  • Adriana Pancotto Autor
  • Luciana dos Santos Rosenau Autor

DOI:

https://doi.org/10.56238/arev7n12-184

Palavras-chave:

Metodologias Ativas, Pedagogias Críticas, Pedagogias Não Críticas, Educação Profissional e Tecnológica

Resumo

Este estudo analisa as contradições e possibilidades das metodologias ativas à luz das pedagogias críticas na Educação Profissional e Tecnológica (EPT). O problema investigado refere-se às tensões entre a crescente utilização das metodologias ativas e os fundamentos teórico-críticos que orientam o ensino integrado. O objetivo geral foi analisar as representações das práticas pedagógicas nos planos de ensino dos cursos técnicos integrados ao ensino médio de três campi do Instituto Federal do Paraná (IFPR) quanto ao uso das metodologias ativas, identificando as contradições e possibilidades que emergem à luz das pedagogias críticas. Foram analisados 438 documentos referentes a 13 cursos. A pesquisa, qualitativa, desenvolveu-se em duas etapas: revisão bibliográfica, contemplando autores da EPT, pedagogias críticas e das metodologias ativas; e análise documental dos Planos de Ensino e Trabalho Docente (PTD) obtidos na plataforma de Planos de Ensino e Trabalho  (PLANIF). Os dados foram organizados em matriz analítica com categorias definidas a priori: Pedagogias Críticas (PC), Pedagogias Não Críticas (PNC) e Metodologias Ativas (MA), e examinados por meio da Análise de Conteúdo (Bardin, 2016). Os resultados indicam que, embora haja uso significativo de metodologias ativas, 77,6% dos planos alinham-se a abordagens não críticas, evidenciando certa contradição entre o discurso institucional e as práticas declaradas. Os achados revelam desafios relacionados à formação docente e à persistência de uma educação orientada pelo mercado, ao mesmo tempo em que apontam um movimento de ruptura com a educação bancária.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

ARAÚJO, Ronaldo Marcos de Lima; FRIGOTTO, Gaudêncio. Práticas pedagógicas e ensino integrado. Revista Educação em Questão, Natal, v. 52, n. 38, p. 61-80, maio/ago. 2015. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/educacaoemquestao/article/view/7956/5723. Acesso em: 11 nov. 2025.

BACICH, Lilian; MORAN, José (org.). Metodologias ativas: para uma educação inovadora. Porto Alegre: Penso, 2018.

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. 5. ed. rev. e atual. Lisboa: Almedina, 2016.

BRASIL. Lei nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008. Institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11892.htm. Acesso em: 30 nov. 2025.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. Plano de Desenvolvimento Institucional 2024-2028. Curitiba: Instituto Federal do Paraná, 2024. Disponível em: https://ifpr.edu.br/wp-content/uploads/2025/05/pdi-2024-2028-revisao-2024.pdf. Acesso em: 30 nov. 2025.

DEMO, P. Educar pela pesquisa. Campinas(SP): Autores Associados, 2003.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 36. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

FRIGOTTO, Gaudêncio; CIAVATTA, Maria; RAMOS, Marise N. (orgs). Ensino médio integrado: concepção e contradições. 3ª edição. São Paulo: Cortez, 2012

FRIGOTTO, Gaudêncio (Org.). Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia: relação com o ensino médio integrado e o projeto societário de desenvolvimento. Rio de Janeiro: LPP/UERJ, 2018. Disponível em: https://proen.ifes.edu.br/images/stories/Institutos_Federais_de_Educa%C3%A7%C3%A3o_Ci%C3%AAncia_e_Tecnologia_-_Rela%C3%A7%C3%A3o_com_o_Ensino_M%C3%A9dio_Integrado_e_o_Projeto_Societ%C3%A1rio_de_Desenvolvimento.pdf. Acesso em: 15 de ago. de 2025.

FRIGOTTO, G. .; CIAVATTA, M. . Educar o trabalhador cidadão produtivo ou o ser humano emancipado?. Trabalho, Educação e Saúde, Rio de Janeiro, v. 1, n. 1, 2022. Disponível em: https://www.tes.epsjv.fiocruz.br/index.php/tes/article/view/1953. Acesso em: 1 dez. 2025.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2017.

LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da Escola Pública: A pedagogia crítico social dos conteúdos. 16. ed. São Paulo: Edições Loyola, 1999.

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2013.

LIBÂNEO, J. C. Metodologias ativas: a quem servem? Nos servem? In: LIBÂNEO, J. C.; ROSA, S. V. L.; ECHALAR, A. D. L. F.; SUANNO, M. V. R. (Orgs.). Didática e formação de professores: embates com as políticas curriculares neoliberais. Goiânia: Cegraf UFG, 2022. Disponível em: https://publica.ciar.ufg.br/ebooks/edipe2_ebook/artigo_10.html. Acesso em: 29 nov. 2025.

PEREIRA, Mariam Trierveiller. Calendário Ambiental e Metodologias Ativas: Proposta para uma nova educação. 1. ed. Curitiba: Editora IFPR, 2021. Disponível em: https://editora.ifpr.edu.br/index.php/aeditora/catalog/book/35. Acesso em 30 nov. de 2025.

NOVAK, Joseph, D., D. BOB Gowin, & GERARD T. Johasen. 1983. The Use of Concept Mapping and Knowledge Vee Mapping with Junior High School Science Students. Science Education, 67(5): 625-45. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/sce.3730670511. Acesso em: 27 set. 2025.

ROSENAU, L. S.; STRAPASSON, L. F. F.; CANZIANI, T. M. Práticas educativas: metodologias ativas. Práticas Educativas: no cenário da educação, psicologia e saúde. [S. l.]: [s. n.], 2023. p. 10-34. E-book. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/373079691_Metodologias_ativas_ensino_critico_inovador_ou_mais_do_mesmo_com_palavras_novas. Acesso em: 30 de nov. 2025.

ROSENAU, Luciana dos Santos. Continuum: um modelo de Design de Interação de AVEA. Tese de doutorado. Orientadora Araci Hack Catapan. Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Brasil, 2017. Disponível em: <https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/ 123456789/180695>. Acesso em 04 de dez. de 2025.

SAVIANI, Dermeval. Trabalho e educação: fundamentos ontológicos e históricos. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 12, n. 34, p. 152-165, abr. 2007. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbedu/a/wBnPGNkvstzMTLYkmXdrkWP/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 23 jun. 2025.

SAVIANI, Dermeval. Pedagogia Histórico-Crítica: primeiras aproximações. 11. ed. rev. Campinas, SP: Autores Associados, 2011.

SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia. 44. ed. Campinas: Autores Associados, 2021.

SCORSOLINI-COMIN,Fabio. Seminários: como planejar e apresentar. Ribeirão Preto, SP: Centro de Apoio Editorial da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, 2023. Disponível em: https://doi.org/10.51796/978-65-88556-10-8. Acesso em: 30 de nov.2025.

SUHR, Inge Renate Frose. Teorias do conhecimento pedagógico. 1. ed. Curitiba: Editora Intersaberes, 2012.

Downloads

Publicado

2025-12-17

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

PANCOTTO, Adriana; ROSENAU, Luciana dos Santos. METODOLOGIAS ATIVAS NA EPT - CONTRADIÇÕES E POSSIBILIDADES. ARACÊ , [S. l.], v. 7, n. 12, p. e11160, 2025. DOI: 10.56238/arev7n12-184. Disponível em: https://periodicos.newsciencepubl.com/arace/article/view/11160. Acesso em: 29 dez. 2025.