CICLOS, CRISES E CONFLUÊNCIAS: TRANSFORMAÇÕES URBANAS E FINANCEIRIZAÇÃO DO AMBIENTE CONSTRUÍDO-2000 A 2023
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n12-156Palavras-chave:
Financeirização do Capital Imobiliário, Transformações Urbanas, Ciclos e Crises Econômicas e do Setor ImobiliárioResumo
Este artigo investiga as transformações urbanas resultantes da financeirização do setor imobiliário, com foco nas mudanças ocorridas em Salvador, Bahia, de 2000 a 2022. Considerando que os ciclos do mercado imobiliário são profundamente dependentes das modificações na política macroeconômica do país, que regulam as políticas públicas, e a intenção sobre o crédito imobiliário, objetiva-se identificar quais as estratégias dos principais agentes das transformações do ambiente construído. Para tanto analisou-se uma série de dados do setor, bem como dados de empresas construtoras e do mercado imobiliário, vis a vis com dados sobre as transformações da cidade de Salvador no período. A metodologia adotada foi a pesquisa orientada do tipo explicativa considerando o objetivo de conectar dados de modo a compreender as causas e efeitos do fenômeno. Orientou-se a pergunta de partida, perscrutando como o modelo econômico contemporâneo apoia, viabiliza, induz, articula e promove a inversão financeira em projetos urbanos, e desta forma transforma o espaço urbano das cidades. Obteve-se assim um quadro de transformações por período. Concluiu-se que Salvador está em processo de diminuição populacional, conforme dados do Censo 2022, mas que apresenta paradoxalmente um grande aumento de domicílios, principalmente vazios, o que se coaduna com a imagem promovida pela mídia de cidade do turismo, mas escamoteia o aprofundamento da financeirização através da expansão das empresas imobiliárias nacionais e dos instrumentos típicos da imbricação entre o setor financeiro e o imobiliário.
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