EFEITOS DO EXERCÍCIO FÍSICO NO CONTROLE GLICÊMICO DE IDOSOS COM DIABETES MELLITUS TIPO 2: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Resumo

Introdução: O Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) representa um desafio significativo para a saúde pública, particularmente na população idosa. O exercício físico é reconhecido como uma ferramenta não farmacológica fundamental em seu manejo. Objetivo: Sintetizar as evidências científicas sobre os efeitos de diferentes modalidades de exercício físico no controle glicêmico de idosos com DM2. Método: Trata-se de uma revisão sistemática conduzida em junho de 2025, nas bases PubMed, LILACS, Cochrane Library e SciELO. Foram utilizados os descritores “Idoso” (Aged), “Exercício Físico” (Exercise), “Diabetes Mellitus Tipo 2” (Diabetes Mellitus, Type 2) e “Hemoglobina Glicada” (Glycated Hemoglobin A), em português e inglês, combinados pelo operador booleano “AND”. O período de publicação delimitado foi de janeiro de 1995 a junho de 2025. Resultados: Foram incluídos oito estudos, os quais demonstram consistentemente a eficácia do exercício. O treinamento aeróbico moderado promoveu a maior redução absoluta na HbA1c (-1,6%), atuando principalmente na sensibilidade à insulina. O treinamento resistido de alta intensidade mostrou reduções robustas (1,2% a 1,34%), mecanisticamente ligadas ao aumento da massa muscular. Programas combinados e modalidades como Pilates também ofereceram benefícios significativos, com a vantagem adicional de melhorar parâmetros funcionais e cardiometabólicos. Conclusão: Conclui-se que diversas modalidades de exercício são eficazes para o controle glicêmico em idosos com DM2, com mecanismos complementares. A prescrição deve ser personalizada, considerando a capacidade funcional e comorbidades do indivíduo. Futuras pesquisas devem focar na padronização de protocolos e em estratégias para superar barreiras de adesão, visando a implementação sustentável dessas intervenções na prática clínica.