BIOMARCADORES SALIVARES NA DOENÇA DE ALZHEIMER: UMA ABORDAGEM NÃO INVASIVA PARA TRIAGEM

Autores

  • Pedro Guimarães Sampaio Trajano dos Santos Autor
  • Maria Clara de Oliveira Cavalcanti Maior Autor
  • Júlia Dourado de Castro Chaves Autor
  • Rosana Maria Coelho Travassos Autor
  • Lara Marques Magalhães Moreno Autor
  • Maria Tereza Moura de Oliveira Cavalcanti Autor
  • Adriane Tenório Dourado Chaves Autor
  • Josué Alves Autor
  • Vanessa Lessa Cavalcanti de Araújo Autor
  • Tereza Augusta Maciel Autor
  • Eliana Santos Lyra da Paz Autor
  • Verônica Maria de Sá Rodrigues Autor

DOI:

https://doi.org/10.56238/arev7n11-197

Palavras-chave:

Doença de Alzheimer, Saliva, Biomarcadores, β-Amiloide, Tau Fosforilada, Detecção Precoce, Diagnóstico não Invasivo

Resumo

Objetivo: O objetivo desta revisão é resumir as evidências atuais sobre biomarcadores salivares, incluindo β-amiloide42, tau fosforilada (p-tau) e acetilcolinesterase, para a detecção precoce e triagem não invasiva da doença de Alzheimer (DA).

Metodologia: Foi realizada uma busca abrangente na literatura utilizando PubMed, Scopus e Web of Science para estudos publicados até 2025. As palavras-chave incluíram “saliva”, “doença de Alzheimer”, “β-amiloide”, “tau”, “acetilcolinesterase” e “biomarcadores”. Os critérios de inclusão focaram em estudos com humanos que relatassem biomarcadores salivares relevantes para a DA. Os dados foram extraídos quanto ao tipo de biomarcador, método de detecção, população estudada e principais resultados, sendo posteriormente sintetizados para avaliar o potencial diagnóstico da saliva na triagem da DA.

Resultados: Os estudos relatam consistentemente níveis elevados de β-amiloide42 e tau fosforilada na saliva de pacientes com DA, refletindo processos neurodegenerativos que ocorrem no cérebro. Alterações na atividade da acetilcolinesterase salivar também foram observadas, sugerindo aplicações diagnósticas e terapêuticas potenciais. Evidências emergentes indicam que outras moléculas, como lactoferrina e proteínas inflamatórias, podem aumentar ainda mais o valor preditivo dos testes salivares. A saliva oferece um meio não invasivo, econômico e de fácil aplicação para medições repetidas, fornecendo uma alternativa acessível ao líquido cefalorraquidiano e aos métodos de neuroimagem. No entanto, a variabilidade nos protocolos de coleta, o tamanho reduzido das coortes e a limitação de padronização ainda representam desafios significativos.

Conclusão: Os biomarcadores salivares representam uma ferramenta promissora para a detecção precoce e triagem da doença de Alzheimer. β-amiloide42, tau fosforilada e acetilcolinesterase na saliva refletem processos patológicos centrais e podem facilitar o diagnóstico oportuno e intervenções preventivas. Pesquisas futuras devem focar na padronização dos protocolos de coleta e análise, validação dos achados em populações maiores e integração dos biomarcadores salivares na prática clínica de rotina para melhorar a detecção precoce da DA e os desfechos dos pacientes.

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Publicado

2025-11-17

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

DOS SANTOS, Pedro Guimarães Sampaio Trajano et al. BIOMARCADORES SALIVARES NA DOENÇA DE ALZHEIMER: UMA ABORDAGEM NÃO INVASIVA PARA TRIAGEM. ARACÊ , [S. l.], v. 7, n. 11, p. e10083, 2025. DOI: 10.56238/arev7n11-197. Disponível em: https://periodicos.newsciencepubl.com/arace/article/view/10083. Acesso em: 5 dez. 2025.