POTENCIAL TERAPEUTICO DE OCIMUM SELLOI BENTH EM PROBLEMAS GASTROINTESTINAIS EM BACURITEUA, AMAZONIA (PA)
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n9-156Palabras clave:
Ocimum selloi Benth, Conhecimento Tradicional, Distúrbios GastrointestinaisResumen
Plantas medicinais, cultivadas ou coletadas na natureza, contêm substâncias bioativas que lhes conferem propriedades terapêuticas, tornando-as recursos essenciais tanto para a medicina tradicional quanto para a pesquisa científica. O presente estudo teve como objetivo analisar a importância de Ocimum selloi Benth., popularmente conhecido como Elixir Parégorico, no tratamento de distúrbios gastrointestinais. A pesquisa fez parte de um estudo maior coordenado pelo Grupo de Pesquisa do Laboratório de Educação, Ambiente e Saúde (LEMAS/UFPA), na Bacia Hidrográfica do Rio Caeté, região Bragantina, entre 2022 e 2024. Adotou-se uma abordagem qualitativa e descritiva (n=25%), desenvolvida em duas fases: (1) trabalho de campo, por meio de entrevistas com cuidadores de saúde da comunidade de Bacuriteua, e (2) análise comparativa com revisão bibliográfica da espécie em bases científicas. Os resultados demonstraram uma convergência significativa entre o conhecimento tradicional e as evidências científicas estabelecidas, destacando o potencial terapêutico de Ocimum selloi e sua relevância para futuras pesquisas em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS).
Descargas
Referencias
ALBUQUERQUE UP. Introdução à etnobotânica. 2.ed. Rio de Janeiro: Editora Interciência. I.R., Silva, M.G.V., 2014. Chemical composition and antifungal activity of essential oils from Ocimum species. Ind. Crop. Prod. 55, 267–271. https://doi.org/10.1016/j. indcrop.2014.02.032. 2005. DOI: https://doi.org/10.1016/j.indcrop.2014.02.032
AMOROZO, M. C. M. A abordagem etnobotânica na pesquisa de plantas medicinais. In: DI STASI, L. D. (Org.). Plantas medicinais: arte e ciência - um guia de estudo interdisciplinar. São Paulo: Editora da Unesp, p. 47-68. 1996.
AMOROZO, M.C.M. A abordagem etnobotânica na pesquisa de plantas medicinais. In: DI STASI, L.C.(org.). Plantas medicinais: arte e ciência. Um guia de estudo interdisciplinar. São Paulo: AMOROZO, M.C.M.; MING, L.C.; 2002.
BARRERA-BASSOLS, N. Symbolism, knowledge and management of soil and land resources among indigenous communities. Ethnopedology at global, regional and local scales. ITC Dissertation Series 102, 2 vols. ITC, The Netherlands, 2008.
BARROS, F. B.; SILVA, D. Os mingauleiros de miriti: trabalho, sociabilidade e consumo na beira de Abaetetuba. Revista FSA (Centro Universitário Santo Agostinho), v.10,n.4,p.466. Disponívelem:http://www4.unifsa.com.br/revista/index.php/fsa/article /view/308/122. Acesso em: 31/05/21. 2013. DOI: https://doi.org/10.12819/2013.10.4.3
BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF) e Programa de Pesquisa de Plantas Medicinais da Central de Medicamentos. Série B. Textos Básicos de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Uso de plantas medicinais por usuários na atenção primária á saúde: uma abordagem complementar ao tratamento convencional www.periodicoscapes.gov.br revista JRG de Estudos Acadêmicos · 2024;14:e141132 14 Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Brasília: Ministério da Saúde. Acesso em: 20 jan. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/programa_nacional_plantas_medicinais_ fitoterapicos.pdf. 2019. DOI: https://doi.org/10.55892/jrg.v7i14.1132
CAMARGO, L. E. A. et al. Antioxidant and antifungal activities of Camellia sinensis (L.) Kuntze leaves obtained by different forms of production. Brazilian Journal of Biology, v. 76, n. 2, p. 428–434, 15 mar. 2016. DOI: https://doi.org/10.1590/1519-6984.18814
CATELAN, T.B.S., Radai, J.A.S., Leitao, ˜ M.M., Branquinho, L.S., Vasconcelos, C.P., HerediaVieira, S.C., Kassuya, C.A.L., Cardoso, C.A.L. Evaluation of the toxicity and anti-inflammatory activities of the infusion of leaves of Campomanesia guazumifolia (Cambess.) O. Berg. J. Ethnopharmacol. 226, 132–142. https://doi.org/10.1016/j. 2018. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jep.2018.08.015
COSTA, L.C.B., Costa, J.C.B., Pinto, J.E.B.P., Bertolucci, S.K.V., Alves, P.B., Nicolau, E.S. In vitro activity of essential oil of Ocimum selloi and its major chemical compound against Moniliophthora perniciosa, causal agent of witches’ broom disease in cacao. Acta Hortic. 137–144. https://doi.org/10.17660/ ActaHortic.2016.1125.17. 2016. DOI: https://doi.org/10.17660/ActaHortic.2016.1125.17
COSTA, P. Estudo etnobotânico de plantas antimaláricas na comunidade Céu do Mapiá, Pauini- AM. 110 p. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) – Universidade Federal do Amazonas. Manaus. 2016.
DIEGUES, A. C. A construção da etno-conservação no Brasil: o desafio de novos conhecimentos e novas práticas para a conservação. São Paulo: NUPAUB, 2010.
DORNELES, L.N.S., Goneli, A.L.D., Cardoso, C.A.L., da Silva, C.B., Hauth, M.R., Oba, G.C., Schoeninger, V. Effect of air temperature and velocity on drying kinetics and essential oil composition of Piper umbellatum L. leaves. Ind. Crop. Prod. 142, 111846. https://doi.org/10.1016/j.indcrop.2019.111846. 2019. DOI: https://doi.org/10.1016/j.indcrop.2019.111846
ELISABETSKY, E. Etnofarmacologia. Ciência e Cultura, Campinas, v. 55, n. 3, p. 35–36, 2003.
FACANALI, R. Caracterização da diversidade genética e da composição química do óleo essencial de populações de Ocimum selloi Benth. Dissertação de Mestrado, Faculdade de Ciências Agronômicas – Universidade Estadual Paulista (Unesp), Botucatu, São Paulo, Brasil, 2008.
FARAGO, P. V.; et al. Atividade antibacteriana de óleos essenciais de Ocimum selloi Benth. (Lamiaceae). Publ. UEPG Ci. Biol. Saúde, Ponta Grossa, v. 10, n. ¾, p. 59-63, 2004. DOI: https://doi.org/10.5212/Publ.Biologicas.v.10i3.0007
FRANCA, C.S., Menezes, F.S., Costa, L.C.B., Niculau, E.S., Alves, P.B., Pinto, J.E.B., Marçal, R.M. Analgesic and antidiarrheal properties of Ocimum selloi essential oil in mice. Fitoterapia 79, 569–573. https://doi.org/10.1016/j.fitote.2008.06.00. 2008. DOI: https://doi.org/10.1016/j.fitote.2008.06.002
FREITAS, J.V.B., Alves Filho, E.G., Silva, L.M.A., Zocolo, G.J., de Brito, E.S., Gramosa, N.V. Chemometric analysis of NMR and GC datasets for chemotype characterization of essential oils from different species of Ocimum. Talanta 180, 329–336. https://doi.org/10.1016/j.talanta.2017.12.053. 2018. DOI: https://doi.org/10.1016/j.talanta.2017.12.053
HECKATHORN DD, Broadhead RS, Anthony DL, Weakliem DL AIDS e redes sociais: prevenção por meio da mobilização em rede. Sociological Focus , 32(2), 159–79. 2001. DOI: https://doi.org/10.1080/00380237.1999.10571133
HOFFMANN-HOROCHOVSKI, M. T.; ESTEVES, N. DOS S. Práticas tradicionais de cura na comunidade rural rio verde em Guaraqueçaba (PR). Divers@Revista Eletrônica Interdisciplinar, n. 2, p. 69–78, 201. 2017. DOI: https://doi.org/10.5380/diver.v10i2.55248
LORENZI, H. & Matos, F.J. A. Plantas Medicinais no Brasil Nativas e Exóticas, 2002.
MAHAJAN, N. et al. A phytopharmacological overview on Ocimum species with special emphasis on Ocimum sanctum. Biomedicine&PreventiveNutrition, [S. l.], 2012. DOI: https://doi.org/10.1016/j.bionut.2012.08.002
MARÇAL, R.M. Antispasmodic effect of Ocimum selloi essential oil on the Guinea- pig ileum. Nat. Prod. Res. 29, 2125–2128. https://doi.org/10.1080/ 14786419.2014.989392. 2015. DOI: https://doi.org/10.1080/14786419.2014.989392
MARQUESINI, N.R. Plantas usadas como medicinais pelos índios do Paraná e Santa Catarina, sul do Brasil – Guarani, Kaigang, Xogleng, Ava-Guarani, Kraô e Cayuá. Curitiba, 290 p. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas – Botânica), Universidade Federal do Paraná. 1995.
MORAES, L.A.S., Facanali, R., Marques, M.O.M., Lin, C.M., Meireles, M.A.A., 2002. Phytochemical characterization of essential oil from Ocimum selloi. An. Acad. Bras. Cienc. 74, 183–186. https://doi.org/10.1590/S0001-37652002000100014. 2002. DOI: https://doi.org/10.1590/S0001-37652002000100014
MORHY, L. Metil-chavicol, cis e trans anetol no óleo essencial de Ocimum selloi Benth. An. Acad. Bras. Cienc., v.45, n.3-4, p.401-412, 1973.
MOTA, M. S. et al. In vitro shoot regeneration of boldo from leaf explants. Ciência Rural, 2010 DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-84782010005000173
PAULA, J. P.; et al. Atividade Repelente do Óleo Essencial de Ocimum selloi Benth. (Variedade eugenol) contra o Anopheles braziliensis Chagas. Acta Farm. Bonaerense, [S. l.], v. 23, n.3, p. 376 – 378, 2004.
PAULA, J., Gomes-Carneiro, M.R., Paumgartten, F.J.R. Chemical composition, toxicity and mosquito repellency of Ocimum selloi oil. J. Ethnopharmacol. 88, 253–260. https://doi.org/10.1016/S0378-8741(03)00233-2. 2003. DOI: https://doi.org/10.1016/S0378-8741(03)00233-2
PEREIRA, R. C. A.; MOREIRA, A. L. M. Manjericão: cultivo e utilização. Embrapa Agroindustrial Tropical, Fortaleza, CE, 30p. (Documentos 136). 2011.
ŠANTIĆ, Ž; PRAVDIĆ, N; BEVANDA, M; GALIĆ, K. The historical use of medicinal plants in traditional and scientific medicine. Psychiatria Danubina. v.5, n. 1-2, p. 69-74, 2017.
SILVA, S.P. (ed.). Métodos de coleta e análise de dados em Etnobiologia, Etnoecologia e disciplinas correlatas. Coordenadoria de Área de Ciências Biológicas, UNESP/CNPq. Rio Claro. SP 2002.
SOUZA, S.D.F., Franca, C.S.L., Niculau, E.S., Costa, L.C.B., Pinto, J.E.B., Alves, P.B. 2023.
TOLEDO, V. Ethnoecology of the Yucatec Maya: symbolism, knowledge and management of natural resources. Journal of Latin American Geography (JLAG), v. 4, n. 1, p. 9-41, 2005. DOI: https://doi.org/10.1353/lag.2005.0021
v. 40, n. 10, p. 2210–2213, 2010.
VIEIRA, P.R.N., de Morais, S.M., Bezerra, F.H.Q., Travassos Ferreira, P.A., Oliveira,
VIEIRA, R.F. & SIMON, J.E. Chemical characterization of basil (Ocimum spp.) found in the markets and used in traditional medicine in Brazil. Econom. Bot., v.54, n.2, p.207-216, 2000. DOI: https://doi.org/10.1007/BF02907824
WFO. Ocimum Selloi Benth. World Flora Online, 2025. Disponível em: http://www.worldfloraonline.org/taxon/wfo-0001319475. Acesso em: 22 fev. 2025.
