MEMÓRIA, COMUNIDADES QUILOMBOLAS E ARQUITETURA VERNÁCULA

Autores/as

  • Maxiliano Perdigão dos Santos Autor/a
  • Marco Antônio Penido de Rezende Autor/a
  • Mariana Petry Cabral Autor/a

DOI:

https://doi.org/10.56238/arev7n5-341

Palabras clave:

Comunidades quilombolas, Etnoarquitetura, Arquitetura vernácula, Saberes tradicionais, Saberes construtivos

Resumen

O estudo da arquitetura vernácula revela que os saberes construtivos tradicionais desempenham um papel fundamental que ultrapassa a simples materialidade das edificações. Por meio deles, é possível compreender a trajetória histórica e cultural que permeia esse tipo de arquitetura. Sob essa perspectiva histórica, cultural e técnica, o presente artigo aborda os processos formadores dos saberes construtivos tradicionais das comunidades quilombolas do Barro Preto e Indaiá, situadas em Minas Gerais. Apesar da escassez de construções realizadas com a técnica tradicional reconhecida por essas comunidades — o pau a pique —, os moradores ainda preservam vasto conhecimento relacionado a esses saberes ancestrais. O principal objetivo da pesquisa foi escutar diretamente das pessoas dessas comunidades os relatos, tanto atuais quanto históricos, sobre os processos que caracterizam seus modos tradicionais de construção. A investigação adotou uma metodologia interdisciplinar, que integrou saberes acadêmicos e populares, sendo conduzida principalmente por uma abordagem pautada na sensibilidade etnográfica, oriunda da antropologia. A adoção dessa metodologia revelou-se essencial para compreender os saberes construtivos tradicionais em sua dimensão material e imaterial por meio da construção progressiva de camadas de informação ao longo do processo investigativo. A interação contínua com as comunidades permitiu acessar memórias e significados que vão além da materialidade das construções, como no caso da casa de Dona Precheda. A partir deste olhar, a pesquisa evidencia que o patrimônio vernáculo está intrinsecamente ligado à história, às experiências e aos modos de vida das pessoas. Dessa forma, reforça-se a necessidade de valorizar não apenas os aspectos técnicos da arquitetura tradicional, mas também os vínculos intangíveis que ela sustenta nas comunidades.

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Publicado

2025-05-23

Número

Sección

Artigos

Cómo citar

DOS SANTOS, Maxiliano Perdigão; DE REZENDE, Marco Antônio Penido; CABRAL, Mariana Petry. MEMÓRIA, COMUNIDADES QUILOMBOLAS E ARQUITETURA VERNÁCULA. ARACÊ , [S. l.], v. 7, n. 5, p. 26884–26904, 2025. DOI: 10.56238/arev7n5-341. Disponível em: https://periodicos.newsciencepubl.com/arace/article/view/5349. Acesso em: 5 dec. 2025.