CONSUMO ALIMENTAR POR GRAUS DE PROCESSAMENTO DOS ALIMENTOS EM GESTANTES NO TOCANTINS
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n4-284Palabras clave:
Gestação, Alimentação, Nutrientes, UltraprocessadosResumen
Introdução: Durante a gestação ocorrem profundas transformações fisiológicas que elevam as necessidades nutricionais. Uma dieta balanceada e rica em nutrientes é fundamental para a saúde da mãe e do feto, embora fatores emocionais, socioeconômicos e culturais possam influenciar o consumo alimentar, distanciando o comportamento da gestante das recomendações em saúde. Objetivo: avaliar a adequação das ingestões de energia, macronutrientes e micronutrientes por gestantes do Tocantins e analisar o consumo de energia e macronutrientes conforme o grau de processamentos dos alimentos consumidos. Metodologia: participaram do estudo 93 gestantes, residentes nas zonas urbana e rural, assistidas pela rede pública de saúde de Palmas, Tocantins, Brasil. Foi aplicado um recordatório alimentar de 24 horas, cujos dados foram tabulados e tratados no software GloboDiet. O consumo diário de nutrientes pelas participantes foi comparado ao proposto pelas Dietary Reference Intakes. Também foram estimados os consumos de energia e macronutrientes por grupo de alimentos, conforme a classificação NOVA. Foi utilizada análise estatística descritiva e para associação entre o consumo energético oriundo de ultraprocessados e a ingestão diária de macro e micronutrientes foi utilizada a Análise de Regressão Linear. As análises foram realizadas no software R. Resultados: a maioria das gestantes apresentou consumo energético diário abaixo do recomendado para o período da gestação em que se encontravam. Os consumos diários de carboidratos e lipídeos estiveram inadequados para 34,5% e 49,4% das gestantes, respectivamente. Os alimentos in natura e minimamente processados foram responsáveis pela maior parte da ingestão da energia diária. O consumo de ultraprocessados influenciou negativamente a ingestão proteica diária das gestantes e esteve associado a um maior consumo diário de gorduras totais e saturadas. Conclusão: o consumo de alimentos ultraprocessados pela população estudada reforça a necessidade de intervenções nutricionais no pré-natal, com o objetivo de educar e apoiar as gestantes na seleção de alimentos que contribuam de forma positiva para a saúde materna e fetal.
