JUSTIÇA AMBIENTAL E OS IMPACTOS NA SAÚDE DOS TRABALHADORES RURAIS E COMUNIDADES DO CAMPO: AGROTÓXICOS, DESASTRES AMBIENTAIS E CONTAMINAÇÃO HÍDRICA
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n3-208Palabras clave:
Justiça Ambiental, Saúde Rural, Agrotóxicos, Desigualdade SocioambientalResumen
A relação entre justiça ambiental e saúde dos trabalhadores rurais e comunidades do campo evidencia desigualdades estruturais intensificadas pelo modelo agroindustrial, cuja expansão tem resultado em impactos socioambientais severos. O uso indiscriminado de agrotóxicos, os recorrentes desastres ambientais e a contaminação hídrica comprometem a qualidade de vida dessas populações, acentuando vulnerabilidades e reforçando processos de exclusão social e sanitária. A pesquisa investiga, portanto, de que maneira a exposição a esses fatores afeta a saúde e o bem-estar das populações rurais, à luz do conceito de justiça ambiental. Para isso, fundamenta-se em autores como Sigaud (1979), Bologna (1990), Rosen (1994), Peres (1995), Peres e Moreira (2003), Bombardi (2017), Lopes (2020), Rigotto, Carneiro et. al. (2021), Alves (2021), Sampaio (2012), Ferreira, Serraglio e Agostini (2013), Lehfeld, Carvalho e Balbim (2013), Moura (2016), entre outros. Metodologicamente, adota uma abordagem qualitativa baseada em Minayo (2007), descritiva e bibliográfica conforme Gil (2008) e analítica compreensiva à luz de Weber (1949). Os achados revelam que os trabalhadores rurais e comunidades do campo enfrentam múltiplas exposições a riscos ambientais e sanitários, resultando em doenças agudas e crônicas, como intoxicações, distúrbios neurológicos e cânceres. Observa-se uma defasagem nas políticas públicas de mitigação e prevenção, agravada pela falta de fiscalização e assistência em saúde especializada. Além disso, constata-se que a injustiça ambiental se expressa na distribuição desigual dos impactos da degradação ambiental, perpetuando ciclos de vulnerabilidade e exclusão. A pesquisa evidencia a urgência de políticas de regulação mais rigorosas, estratégias de vigilância epidemiológica e alternativas produtivas sustentáveis que minimizem os danos socioambientais e promova uma realidade menos desigual na proteção à saúde dessas populações.
