USO MEDICINAL DA CARAPA GUIANENSIS (ANDIROBA) - UMA REVISÃO INTEGRATIVA
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev6n4-305Palavras-chave:
Carapa Guianensis, Andiroba, Actividades FarmacológicasResumo
A Carapa guianensis (andiroba) é uma árvore amazônica amplamente utilizada na medicina tradicional devido às suas propriedades farmacológicas, o que a torna uma fonte promissora de compostos bioativos. Sua importância reside nas diversas aplicações terapêuticas, incluindo atividades antimicrobiana, antiinflamatória, cicatrizante e antiparasitária. Este estudo tem como objetivo reunir e sintetizar o conhecimento disponível sobre os usos medicinais da andiroba, contribuindo para o avanço da pesquisa e sua integração na prática clínica. Foi realizada uma revisão bibliográfica abrangente em bases de dados como PubMed, Scopus e SciELO. Os critérios de inclusão abrangeram estudos experimentais, ensaios clínicos e revisões publicados na última década, além de pesquisas mais antigas e relevantes. Os dados foram analisados criticamente para avaliar metodologias, achados e limitações. A Carapa guianensis apresenta notáveis atividades farmacológicas. O óleo extraído das suas sementes apresenta efeitos antimicrobianos contra Staphylococcus aureus, Escherichia coli e Candida albicans. Os seus compostos bioactivos, como os limonóides e os ácidos gordos, demonstraram propriedades anti-inflamatórias, acelerando a cicatrização de feridas e aliviando a dor, particularmente em casos como a mucosite oral. Também foram relatadas actividades antioxidantes e antiparasitárias, com resultados promissores contra a Leishmania. Estudos indicam que o óleo prensado a frio é seguro, sem efeitos genotóxicos, enquanto os métodos de extração a quente apresentam riscos potenciais. A Carapa guianensis combina propriedades medicinais valiosas, reforçando o seu papel na medicina tradicional e moderna. No entanto, limitações como a falta de métodos de extração padronizados e a escassez de estudos clínicos controlados sublinham a necessidade de mais investigação. A sua integração na fitoterapia oferece alternativas naturais e eficazes para o tratamento de várias doenças, destacando o seu potencial como um recurso sustentável e promissor para o desenvolvimento de novos medicamentos.