A SELETIVIDADE ALIMENTAR DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA INSCRITAS NO NATEA CAETÉS

Autores/as

  • Lavine Nascimento da Silva Autor/a
  • Maria Duciely Araújo da Silva Autor/a
  • Sarah Tuma Acatauassú Autor/a
  • Leila Maués de Oliveira Hanna Autor/a

DOI:

https://doi.org/10.56238/arev6n2-207

Palabras clave:

Autismo, Transtorno do Espectro Autista, Alimentação, Crianças, TEA, Restrições

Resumen

Introdução: Entende-se o Transtorno do Espectro Autista (TEA) como uma desordem neurológica caracterizada por uma heterogenia comportamental, embotamento afetivo e comportamentos estereotipados. Objetivo: Compreender os hábitos alimentares das crianças com Transtorno do Espectro Autista e quais os principais alimentos e restrição quanto a alimentação da criança. Metodologia: Constitui-se em um estudo observacional, transversal, com abordagem descritiva qualitativa, uma vez que o objetivo é observar e aprofundar-se na seletividade alimentar das crianças autistas. A população alvo será as mães de crianças com transtorno do espectro autista cadastradas no NATEA do município de Capanema. Resultados: A amostra consistiu em 42 participantes, dos quais 85,71% eram do sexo masculino, refletindo a predominância masculina frequentemente observada em diagnósticos de TEA. A faixa etária mais representada foi de 5 a 12 anos (61,90%), e a maioria dos participantes se identificou como parda (85,72%). Quanto ao diagnóstico, 64,29% das crianças foram diagnosticadas entre 1 e 5 anos de idade, e os níveis de suporte variaram entre suporte leve (33,33%), moderado (40,48%) e intenso (26,19%). No que tange à alimentação, 80,49% das crianças apresentaram seletividade alimentar, com maior preferência por carboidratos e doces, e baixa aceitação de vegetais e gorduras. Os momentos de refeição foram desafiadores para os cuidadores, com 70,97% relatando maior dificuldade no início das refeições, sugerindo resistência inicial ao engajamento alimentar. Além disso, 80% dos participantes relataram dificuldades com a consistência dos alimentos, destacando a importância de intervenções nutricionais adaptadas. Conclusão: Os resultados indicam a necessidade de estratégias integradas para melhorar a aceitação alimentar e fornecer suporte emocional aos cuidadores. Conclui-se que o perfil demográfico, associado à seletividade alimentar e às dificuldades socioeconômicas, reforça a importância de programas de apoio multidisciplinar para promover uma alimentação equilibrada e bem-estar para essa população.

Publicado

2024-10-30

Número

Sección

Articles