TERRITORIOS ETNOEDUCATIVOS EN EL PERÍMETRO URBANO DEL MUNICIPIO DE CAMPO GRANDE/MS: (IM)POSIBILIDADES
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n8-124Palabras clave:
Educación, Pueblos Indígenas, Aldeas Urbanas, Políticas Públicas, TerritorialidadResumen
Este artículo reflexiona sobre los desafíos y las posibilidades de reconocer formalmente los Territorios Etnoeducativos en el perímetro urbano de Campo Grande, MS, Brasil. Basado en el marco teórico del Análisis del Discurso franco-brasileño, examina los significados que circulan en torno a las territorialidades etnoeducativas en contextos urbanos, con especial atención a las llamadas "aldeas indígenas urbanas". A partir de datos de los censos de 2000, 2010 y 2022 realizados por el Instituto Brasileño de Geografía y Estadística (IBGE), el estudio destaca el crecimiento exponencial de la población indígena en los barrios de la ciudad, revelando cambios metodológicos significativos en la recolección de datos sobre esta población. Estas "aldeas urbanas" se entienden como espacios sociales caracterizados por redes de parentesco y solidaridad, pero sin delimitación territorial formal. En Campo Grande, existen 24 comunidades indígenas distribuidas en 10 barrios, a pesar de la ausencia de tierras indígenas oficialmente reconocidas dentro de los límites municipales. Este vacío plantea interrogantes sobre el potencial reconocimiento de estos espacios sociales como configuraciones socioespaciales etnoeducativas. El análisis incorpora el discurso del Decreto no. 6.861/2009, que establece los Territorios Etnoeducativos como política pública de valorización de las especificidades culturales y educativas de los pueblos indígenas. Sin embargo, el decreto también revela las limitaciones para consolidar tales territorialidades en un municipio que históricamente carece de tierras indígenas oficialmente reconocidas. Este escenario expone tensiones en los discursos circulantes sobre la realización de este derecho en la capital de Mato Grosso do Sul. Por último, el artículo explora el potencial para fortalecer políticas educativas específicas para los pueblos indígenas en contextos urbanos, sin enmarcar necesariamente los barrios de la ciudad como espacios etnoculturales formalmente reconocidos.
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