TRABALHO E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL: UM BREVE ESTUDO CRÍTICO
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n5-239Palabras clave:
Educação profissional, Pedagogia Histórico-Crítica, Ontologia Marxiana-LukacsianaResumen
O presente ensaio é um recorte da pesquisa de doutorado, desenvolvido no Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal do Ceará-UFC (2022-atual), que explora a categoria trabalho na educação profissional a partir das contribuições da Pedagogia Histórico-Crítica à luz da ontologia marxiana-lukacsiana. Traz como objetivo central compreender de que forma a categoria trabalho é apreendida pela educação profissional. A investigação é centrada na pergunta de pesquisa: Qual a perspectiva de trabalho como princípio educativo que orienta a proposta de educação profissional de nível básico no estado do Ceará? A análise é orientada pela perspectiva ontológica marxiana, recuperada por Lukács, que vê o trabalho como um princípio essencial para a formação omnilateral do ser humano. O estudo qualitativo buscou identificar, por meio de uma análise bibliográfica, como essas perspectivas são integradas e apreendidas na prática pedagógica e nos currículos de formação profissional, investigando, especificamente, a implementação e os desafios enfrentados no contexto cearense. Os resultados parciais apontam para um modelo de educação que traz em seus documentos oficiais a perspectiva do trabalho formativo ontológico, entretanto, o que prevalece é um modelo educativo que busca formar imediatamente os filhos da classe trabalhadora para o mercado produtivo moderno. Além do mais, verificamos na literatura que trata da Pedagogia histórico-crítica que sua perspectiva metodológica de formação da classe trabalhadora contribui teoricamente para consubstanciar os fundamentos da Educação profissional de nível médio. As considerações esclarecem que o modelo de educação com formação crítica e emancipatória, capaz de contribuir para a transformação social da classe trabalhadora, preconiza o trabalho como princípio educativo em seus regimentos pedagógicos, mas ainda não pode ser contemplada no atual modelo de sociedade (capitalismo), visto que possui limites ontológicos para sua real promoção.
