THE HEALTH PROMISED TO WOMEN IN PSYCHOLOGICAL EXHAUSTION
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n11-213Keywords:
Mental Health, Women, Social Suffering, Gender, CareAbstract
The psychic exhaustion of women cannot be understood merely as an individual or clinical problem: it is a social phenomenon that reflects a culture that systematically harms precisely those on whom the daily sustenance of life depends. The historical naturalization of gender inequalities, combined with the structural precarization of labor and the invisibilized overload of care, produces a form of wear that goes beyond the organic dimension of the individual body and exposes a social model that consumes more than it restores. In Brazil, although the Unified Health System (SUS) is the largest public health system in the world and the Constitution guarantees health as a universal right, women arrive at services already depleted, carrying the marks of violence and neglect, and often encounter fragmented responses restricted to biomedical rationality. This article, based on a literature review and supported by sociological and anthropological frameworks of health, analyzes how this institutional promise of care becomes a frustrated promise. The scenario reveals not only individuals in suffering, but also a society that turns the female gender into a privileged target of stigmatization and exploitation. In this sense, it is argued that confronting women’s mental exhaustion requires shifting the debate beyond individual responsibility and recognizing care as a political task and a collective responsibility, indispensable to building a less unequal and less harmful society.
Downloads
References
ARRUDA, Cristiani Nobre de; BRAIDE, Andrea Stopglia Guedes; NATIONS, Marilyn. “Carne crua e torrada”: a experiência do sofrimento de ser queimada em mulheres nordestinas, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 30, n. 10, p. 2057- 2067, out. 2014. DOI: 10.1590/0102-311X00175713. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2014001002057&lng=pt&tlng=pt. Acesso em: 22 ago. 2025.
BEZERRA, Juliana da Fonseca; GODINHO DE LARA, Sonia Regina; NASCIMENTO, Juliana Luporini do; BARBIERI, Márcia. Assistência à mulher frente à violência sexual e políticas públicas de saúde: revisão integrativa. Revista Brasileira em Promoção da Saúde, Fortaleza, v. 31, n. 1, p. 1-12, 2018. DOI: 10.5020/18061230.2018.6544. Disponível em: https://ojs.unifor.br/rbps/article/view/6544. Acesso em: 23 ago. 2025.
BIANCO, Larissa Mazzucco; SALVARO, Giovana Ilka Jacinto. “As minhas famílias”: gênero, trabalho de cuidados e produção de subjetividades na atuação de mulheres agentes comunitárias de saúde. Cadernos de Psicologia Social do Trabalho, São Paulo, v. 26, p. 1-14, 2023. DOI: 10.11606/issn.1981-0490.cpst.2023.193183. Disponível em: https://revistas.usp.br/cpst/article/view/193183/196345. Acesso em: 22 ago. 2025.
BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Tradução de Fernando Tomaz. 4. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Presidência da República, 1988. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 26 ago. 2025.
BRASIL. Ministério da Saúde. Maior sistema público de saúde do mundo, SUS completa 31 anos. Gov.br, 19 set. 2021. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt- br/assuntos/noticias/2021/setembro/maior-sistema-publico-de-saude-do-mundo-sus-completa-31-anos. Acesso em: 26 ago. 2025.
FARMER, Paul. On suffering and structural violence: a view from below. Daedalus, v. 125, n. 1, p. 261-283, 1996. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/20027362. Acesso em: 23 ago. 2025.
FONTOURA, Natália; REZENDE, Marcela Torres; MOSTAFA, Joana; LOBATO, Ana Laura. Retrato das desigualdades de gênero e raça: 1995 a 2015. Brasília: Ipea; ONU Mulheres, 2017. Disponível em: https://bancariosdf.com.br/portal/wp- content/uploads/2017/03/retrato-das-desigualdades-de-genero-raca.pdf. Acesso em: 22 ago. 2025.
FUNDO BRASIL DE DIREITOS HUMANOS. Mapeamento do trabalho informal no Brasil. São Paulo: Fundo Brasil, 2023. Disponível em: https://www.fundobrasil.org.br/wp-content/uploads/2023/01/mapeamento-trabalho- informal-corte1-1.pdf. Acesso em: 22 ago. 2025.
GOFFMAN, Erving. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. Tradução de Mathias Lambert. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2004.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Estatísticas de gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil: 3ª edição. Rio de Janeiro: IBGE, 2022. (Estudos e Pesquisas. Informação Demográfica e Socioeconômica, n. 38). Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv102066_informativo.pdf. Acesso em: 22 ago. 2025.
LABORATÓRIO THINK OLGA. Esgotadas: o empobrecimento, a sobrecarga de cuidado e o sofrimento psíquico das mulheres. São Paulo: Think Olga, 2023. Disponível em: https://lab.thinkolga.com/wp-content/uploads/2023/10/LAB-Esgotadas-4out-1.pdf. Acesso em: 23 ago. 2025.
LOPES, Maiara Oliveira; SOARES, Themis Cristina Mesquita. Perfil de vulnerabilidade diante das desigualdades sociais e seu impacto na saúde: uma revisão sistemática. Cadernos UniFOA, Volta Redonda, v. 18, n. 53, p. 1-10, 2023. DOI: 10.47385/cadunifoa.v18.n53.4382. Disponível em: https://revistas.unifoa.edu.br/cadernos/article/view/4382. Acesso em: 23 ago. 2025.
MIYASHIRO, Gladys M. The illness narratives: suffering, healing and the human condition. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 7, n. 3, p. 243-251, jul. 1991. DOI: 10.1590/S0102-311X1991000300013. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0102-311X1991000300013. Acesso em: 26 ago. 2025.
ONU. Declaração Universal dos Direitos Humanos. Assembleia Geral das Nações Unidas, 1948. Disponível em: https://www.un.org/pt/about-us/universal-declaration-of- human-rights. Acesso em: 26 ago. 2025.
ONU. Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. Assembleia Geral das Nações Unidas, 1966. Disponível em: https://www.ohchr.org/en/instruments- mechanisms/instruments/international-covenant-economic-social-and-cultural-rights. Acesso em: 26 ago. 2025.
PINHEIRO, Luana; MEDEIROS, Marcelo. Desigualdades de gênero em trabalho pago e não pago no Brasil: uma análise das distribuições de tempo de homens e mulheres entre 2001 e 2015. Mercado de Trabalho: conjuntura e análise, Brasília: Ipea, n. 66, abr. 2019. Disponível em: https://portalantigo.ipea.gov.br/agencia/images/stories/PDFs/mercadodetrabalho/190520_bmt_66_NT_desigualdade_de_genero.pdf. Acesso em: 22 ago. 2025.
WEBER, Max. Economia e sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. Tradução de Regis Barbosa e Karen Elsabe Barbosa. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1999. 2 v.
