DERECHO A LA MEMORIA, GEOGRAFÍA DEL CONFLICTO: LA NARRATIVA DESCOLONIAL DE LA AMAZONIA EN “LEALTAD” DE MÁRCIO SOUZA
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n10-173Palabras clave:
Construcción Identitaria, Dialéctica, Poscolonial, Espacio Amazónico, ResistenciaResumen
Entre la memoria falible y el río que testimonia, la identidad amazónica se reinventa en la encrucijada colonial. El presente estudio tuvo como objetivo analizar la construcción de la identidad poscolonial en la obra "Lealdade" de Márcio Souza, por medio de una discusión dialéctica (tesis-antítesis-síntesis) que evidencie el conflicto entre la internalización del ideal eurocéntrico y el surgimiento de una conciencia regional amazónica, tomando como eje central la trayectoria y las crisis del protagonista Fernando. La metodología se basa en el análisis de contenido, bajo una mirada dialéctica, de forma cualitativa. El análisis de la construcción identitaria poscolonial en "Lealdade" revela un proceso dialéctico encarnado en la trayectoria de Fernando. Inicialmente, el protagonista incorpora la tesis colonial al idealizar Portugal y menospreciar las costumbres amazónicas. La antítesis emerge con sus experiencias concretas en la región y el contacto con ideas libertarias, desencadenando una crisis que tensiona sus lealtades. La síntesis se configura no como una resolución, sino como un devenir identitario híbrido: Fernando abraza la causa cabana, pero permanece marcado por la contradicción. Este recorrido demuestra que la identidad poscolonial en la Amazonía se constituye a través de cuatro ejes: la memoria falible como instrumento político, el territorio como agente del conflicto, la polifonía cultural como resistencia y el derecho a la memoria como reparación. La obra revela, así, que la descolonización es un proceso permanente de negociación entre herencia europea y emergencia regional, donde la crisis individual refleja el conflicto colectivo por la autodeterminación.
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