DIVERSIDADE EM CENA: A ESCOLA COMO PALCO DE RESPEITO

Resumo

Este artigo teve como objetivo analisar como a formação inicial de professores, as práticas institucionais e o currículo escolar dialogaram com a diversidade, identificando os obstáculos e possibilidades para a construção de práticas pedagógicas equitativas. O estudo abordou as interações entre a escola e os marcadores sociais da diferença, com foco nas relações étnico-raciais, de gênero e sexualidade na educação básica. Para isso, realizou-se uma pesquisa bibliográfica, com base na leitura analítica de textos científicos publicados entre 2015 e 2024, localizados na base de dados CAPES Periódicos, utilizando critérios de relevância temática, consistência teórica e publicação com revisão por pares. A análise evidenciou a permanência de uma formação docente limitada, marcada por abordagens superficiais e desarticuladas dos marcos legais voltados à inclusão. Além disso, constatou-se que as práticas escolares ainda reproduziram estigmas e estereótipos, enquanto o currículo se manteve orientado por referenciais eurocentrados e excludentes. Concluiu-se que a superação dessas limitações exigiu revisão das diretrizes formativas, reorganização curricular e compromisso institucional com a equidade. Os resultados também indicaram a necessidade de reconfigurar os conteúdos escolares a partir de epistemologias plurais, que reconheçam os sujeitos historicamente marginalizados como produtores legítimos de conhecimento.