ANTICOAGULAÇÃO EM PACIENTES COM CIRROSE HEPÁTICA: INDICAÇÕES CLÍNICAS, SEGURANÇA E SELEÇÃO TERAPÊUTICA

Autores

  • João Pedro Napoli Autor
  • Larissa Cosme Caiado Autor
  • Jamili Zanon Bonicenha Autor
  • Lucia Helena Ferreira Vasconcelos Autor
  • Danielle Furtado de Oliveira Autor
  • Nathalia Lopez Duarte Autor

DOI:

https://doi.org/10.56238/arev7n7-362

Palavras-chave:

Cirrose Hepática, Anticoagulantes Orais Diretos, Trombose da Veia Porta

Resumo

Introdução: Pacientes com cirrose hepática apresentam uma coagulopatia complexa, colocando-os em risco simultâneo de sangramento e trombose. A compreensão contemporânea da "hemostasia reequilibrada" desafia o conceito ultrapassado de anticoagulação espontânea e reformula a anticoagulação como uma potencial estratégia terapêutica.

Objetivo: Analisar as indicações clínicas, os critérios de seleção e os riscos associados ao uso de anticoagulantes em pacientes com cirrose hepática, enfatizando a segurança, a eficácia e a aplicação prática da anticoagulação em diversos contextos clínicos.

Métodos: Foi realizada uma revisão narrativa da literatura utilizando as bases de dados PubMed, SciELO, Embase e LILACS para identificar estudos publicados entre 2018 e 2025. Os termos de busca incluíram anticoagulação, cirrose hepática, trombose da veia porta e fibrilação atrial. Diretrizes internacionais, revisões sistemáticas e estudos observacionais clinicamente relevantes foram priorizados.

Resultados e Discussão: A anticoagulação parece segura e eficaz na cirrose compensada (Child-Pugh A/B), especialmente em casos de trombose da veia porta (TVP) e fibrilação atrial. A escolha do anticoagulante deve considerar a função hepática, o risco de sangramento, o estado renal e a presença de varizes esofágicas. Anticoagulantes orais diretos (ACODs), como apixabana e edoxabana, são preferidos na PC A/B, enquanto heparina de baixo peso molecular (HBPM) ou antagonistas da vitamina K (AVKs) são preferidos em casos mais avançados. A profilaxia endoscópica de varizes deve ser realizada antes do início da anticoagulação, quando indicada. Uma abordagem multidisciplinar e monitoramento clínico rigoroso são essenciais. A falta de ensaios clínicos randomizados em cirrose descompensada (PC B/C) continua sendo uma limitação importante.

Considerações Finais: Quando adequadamente indicada e monitorada, a anticoagulação pode melhorar os desfechos clínicos em pacientes cirróticos. Pesquisas futuras devem se concentrar em ensaios clínicos randomizados e protocolos adaptados ao contexto, especialmente em sistemas de saúde pública como o SUS brasileiro e em populações vulneráveis.

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Publicado

2025-07-30

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

NAPOLI, João Pedro; CAIADO, Larissa Cosme; BONICENHA, Jamili Zanon; VASCONCELOS, Lucia Helena Ferreira; DE OLIVEIRA, Danielle Furtado; DUARTE, Nathalia Lopez. ANTICOAGULAÇÃO EM PACIENTES COM CIRROSE HEPÁTICA: INDICAÇÕES CLÍNICAS, SEGURANÇA E SELEÇÃO TERAPÊUTICA. ARACÊ , [S. l.], v. 7, n. 7, p. 41403–41414, 2025. DOI: 10.56238/arev7n7-362. Disponível em: https://periodicos.newsciencepubl.com/arace/article/view/6952. Acesso em: 8 dez. 2025.