A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA PERSPECTIVA FENOMENOLÓGICA DA EXPERIÊNCIA E DO PERTENCIMENTO
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n7-335Palavras-chave:
Educação Ambiental, Fenomenologia, PertencimentoResumo
Este estudo tem como objetivo analisar as contribuições da fenomenologia para a educação ambiental, com ênfase nas noções de experiência e pertencimento como fundamentos para uma prática pedagógica mais sensível, ética e comprometida com a vida. A pesquisa adota abordagem qualitativa e bibliográfica, conforme os princípios metodológicos descritos por Lakatos e Marconi (2017), e estrutura-se como um estado da arte, identificando produções acadêmicas que articulam educação ambiental à fenomenologia da percepção. Fundamentada nas contribuições de autores como Husserl(2006), Merleau-Ponty(1971), Marin(2009), Oliveira(2006) e Ribeiro(2009), a investigação evidencia que a fenomenologia se contrapõe ao racionalismo abstrato e à fragmentação entre sujeito e mundo, propondo um retorno ao vivido, à corporeidade e à sensibilidade como vias legítimas de conhecimento. Os resultados apontam que a percepção ambiental não se dá apenas por meio de conceitos, mas por experiências encarnadas que antecedem a linguagem e favorecem o vínculo afetivo com a natureza. A reflexão sobre esse pertencimento é essencial para ressignificar o papel da educação frente às crises socioambientais contemporâneas. Conclui-se que a fenomenologia, ao enfatizar a experiência direta e o envolvimento corporal com o meio, contribui para uma educação ambiental transformadora, que se estrutura não apenas pela informação, mas pelo engajamento existencial do sujeito com o mundo natural.