“É PENA VOCÊ SER PRETA”: AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA MULHER NEGRA E AS REBELDES PALAVRAS DE CAROLINA
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n6-350Palavras-chave:
Mulher Negra, Carolina, Autorrepresentação, IdentidadeResumo
Mesmo após o evento que ficou conhecido como a Abolição da Escravidão, as práticas racistas persistem, as respresentações que circulam no imaginário social continuam a evidenciar que há uma ideia de superioridade branca, sobretudo masculina. A mulher negra é vista como inferior, suja, incapaz. Em meio a essa realidade, Carolina Maria de Jesus surge, com um discurso subversivo que passa a ser a representação de muitas vozes negras, pois a existência da mulher negra é coletiva. Ela carrega em seu corpo múltiplas lutas, símbolos de resistência. Dessa maneira este trabalho objetiva tecer reflexões sobre como a autorrepresentação de Carolina, especialmente em Quarto de despejo: diário de uma favelada (2014), contribui para a resistência e afirmação da identidade negra feminina. Para tanto, este trabalho se apoia teoricamente em autores como Almeida (2020), Santos (2002), Ribeiro (2018), Kilomba (2019) entre outros.