RODAS VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM SENSORIAL: CONECTANDO ALUNOS COM MÚLTIPLAS DEFICIÊNCIAS EM AMBIENTES DIGITAIS
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n7-161Palavras-chave:
Aprendizagem sensorial, Deficiência múltipla, Educação inclusiva, Tecnologias assistivasResumo
Este artigo aborda a implementação de rodas virtuais de aprendizagem sensorial como estratégia pedagógica inclusiva para estudantes com múltiplas deficiências em contextos digitais. Diante dos desafios impostos pelo ensino remoto, especialmente durante o período da pandemia da COVID-19, educadores precisaram repensar suas práticas a fim de garantir o acesso à aprendizagem de forma equitativa. As rodas sensoriais, neste cenário, emergem como espaços virtuais organizados para estimular os sentidos, promover interações significativas e fortalecer o vínculo entre aluno, professor e família. Com base em uma abordagem qualitativa, esta pesquisa articula revisão bibliográfica com análise de experiências práticas realizadas em escolas públicas da educação básica entre 2021 e 2023. As rodas foram desenvolvidas com o apoio de recursos visuais, auditivos e táteis mediados por tecnologias digitais acessíveis, e a participação dos familiares foi fundamental para viabilizar as atividades no ambiente doméstico. Os resultados apontam que a proposta contribuiu para o aumento do engajamento dos alunos, favoreceu a comunicação alternativa e aumentou o repertório sensorial dos estudantes. Além disso, as rodas permitiram que os professores mantivessem uma rotina estruturada, essencial para o desenvolvimento de alunos com comprometimentos múltiplos. Apesar dos desafios relacionados à conectividade, escassez de materiais adaptados e necessidade de formação continuada dos profissionais, a prática demonstrou ser viável, eficaz e replicável em diferentes realidades educacionais. Conclui-se que as rodas virtuais de aprendizagem sensorial não apenas respondem a uma demanda emergencial, mas também apontam caminhos inovadores e permanentes para a construção de uma educação mais inclusiva, criativa e sensível às singularidades dos estudantes com deficiência. Reforça-se, por fim, a importância do investimento em políticas públicas, tecnologias assistivas e práticas colaborativas entre escola e família para garantir a efetivação da inclusão no ambiente escolar digital.