O PROGRAMA DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO INFANTIL/PADIN: ENTRE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n7-096Palavras-chave:
PADIN, Educação infantil, Parentalidade positivaResumo
O estudo analisou o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Infantil (PADIN), política intersetorial cearense voltada às famílias com crianças de 0 a 3 anos, não atendidas por creches, fomentando o desenvolvimento integral infantil por meio da parentalidade positiva. A pesquisa, de natureza básica e descritiva, utilizou a técnica do survey, com aplicação de questionários do Google Forms®, a 60 agentes de implementação (Supervisores e ADI) e 148 pais/responsáveis de nove municípios cearenses. Os dados foram analisados quantitativamente com apoio do software Jamovi®. Os resultados evidenciaram elevada aprovação do programa entre os dois grupos, com médias de avaliação próximas a 10. Supervisores e ADI reconheceram o suporte da SEDUC/CE e destacaram o impacto positivo do PADIN na postura parental. Famílias relataram melhorias na interação com os filhos, especialmente por meio de brincadeiras, embora parte delas não tenha sido contemplada com todas as atividades. Foram apontadas falhas na intersetorialidade e limitações no apoio logístico por parte de alguns municípios. Conclui-se que o PADIN cumpre papel relevante como estratégia complementar à educação infantil, sobretudo diante da baixa cobertura de creches. Sugere-se sua expansão para além dos critérios atuais de vulnerabilidade, a ampliação da participação das secretarias de Saúde e Assistência Social, nas formações, e a exigência de maior contrapartida dos municípios. A limitação principal refere-se ao recorte amostral, recomendando-se novos estudos com abrangência estadual.