O FENÔMENO “BRANQUITUDE” E SUAS RESSONÂNCIAS SOBRE A RELAÇÃO ENTRE O NEGRO E O TRABALHO NO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n7-060Palavras-chave:
Negritude, Branquitude, Racismo, Exclusão, Mercado de TrabalhoResumo
A trajetória dos grupos não-brancos no Brasil, desde o período colonial e da escravidão até os dias atuais, não obstante a legislação trabalhista vigente, é marcada por resistência e luta contra o preconceito e a exclusão. Esses grupos demonstram uma capacidade incansável de resistir e transformar a realidade, mesmo diante das sequelas explícitas que se manifestam nas desigualdades raciais, tanto nos contextos educacionais quanto no mercado de trabalho. Para entender essa dinâmica, é essencial analisar a formação histórica da sociedade brasileira, abordando o lugar ocupado por brancos e negros e as complexas interações entre esses grupos. A estrutura social do Brasil é fundamentada em valores que associam a branquitude ao progresso e à civilização, enquanto a população não-branca é relegada a uma posição de marginalização. Esses valores, enraizados em ideias científicas e eugenistas do século XIX, perpetuam a exclusão. Para construir uma sociedade mais justa e igualitária, o Estado brasileiro tem adotado medidas de reparação, como a valorização da cultura afro e indígena, a implementação de políticas afirmativas e leis que combatem a discriminação e o racismo. O presente artigo, escrito sob a forma de ensaio teórico, desvela por meio da discussão de conceitos como “branquitude”, “negritude”, “racismo”, “democracia racial”, “aquilombamento” e outros, como o negro foi sendo alijado do direito de ser cidadão livre, digno e autônomo no Brasil; vitimado pelo racismo estrutural que o coloca numa condição de subalternidade em relação ao cidadão branco; levando-o a ocupar lugares de menor valor desde a escola (processo educacional) até o emprego (mercado de trabalho).