PRÁTICAS DOCENTES E TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS: DESAFIOS E POSSIBILIDADES NO ENSINO DE ALUNOS COM AUTISMO
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n6-330Palavras-chave:
Autismo, Currículo Inclusivo, Docência Reflexiva, Tecnologia Assistiva, Formação ÉticaResumo
Nem sempre o discurso inclusivo traduz-se em práticas que dialogam com as formas de aprendizagem dos estudantes com autismo. Entre discursos normativos e os ruídos da experiência cotidiana, a escola enfrenta o desafio de escutar sujeitos que aprendem de modos não convencionais. As tecnologias, ao mesmo tempo em que oferecem suportes inovadores, podem cristalizar exclusões quando operam sem vínculo com os percursos singulares de cada aluno. É nesse ponto que o trabalho docente se vê interpelado: como criar condições de mediação que acolham a diversidade sem apagar sua complexidade? Ressignificar a prática exige deslocar certezas, desmontar lógicas padronizadas e convocar novas formas de presença pedagógica. A pesquisa segue orientação qualitativa, sustentada em análise bibliográfica, com ênfase em obras que discutem os impactos do ambiente digital sobre a mediação educativa. São mobilizadas produções que evidenciam tanto os benefícios associados à personalização da aprendizagem quanto os riscos de vigilância, exclusão e precarização do trabalho docente. O objetivo é compreender como os recursos digitais transformam as dinâmicas escolares e exigem reposicionamentos éticos diante das múltiplas lógicas que atravessam o fazer pedagógico contemporâneo. Mais do que integrar tecnologias ao cotidiano escolar, trata-se de reconstruir os sentidos da inclusão, reconhecendo o direito à diferença como eixo formativo e transformador do espaço educativo.