ENTRE LIKES E LUTAS: COMO A DEMOCRACIA ESTÁ MUDANDO PARA OS JOVENS DO ESPÍRITO SANTO
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n6-240Palavras-chave:
Democracia, Jovens universitários, Crise, PolíticaResumo
Este texto explora a conceituação e os requisitos de um sistema democrático, conforme sugerido por Robert Dahl, em sua obra Sobre a Democracia (2001). Inicialmente, é feita uma breve retrospectiva da democracia, desde suas origens no Mediterrâneo, com ênfase na democracia direta em Atenas e nas contribuições da República Romana, passando pela decadência na Idade Média e seu ressurgimento durante a Revolução Francesa e nos Estados Unidos. Em seguida, são abordados os critérios estabelecidos por Dahl (2001) para um sistema democrático: participação ativa, igualdade de voto, entendimento informado, controle da agenda e inclusão de adultos. Além disso, são exploradas as vantagens da democracia, incluindo a prevenção da tirania, a salvaguarda dos direitos fundamentais, a autodeterminação política, o desenvolvimento humano, a solução pacífica de conflitos e a inovação política. Por último, o texto analisa as percepções dos jovens universitários do Espírito Santo sobre a democracia e avalia como as teorias de Dahl (2001), Runcimam (2018), Goyard (2003), Mounk (2019), Castells (2018), Levitsky e Ziblatt (2018) manifestam-se no contexto brasileiro contemporâneo. Também discute os desafios e crises potenciais enfrentados pela democracia no país.
A democracia brasileira, embora teórica e idealmente robusta, enfrenta desafios profundos como corrupção, desigualdade e polarização, que geram desconfiança nas instituições e distanciamento entre os cidadãos e o sistema político. A pesquisa com estudantes universitários revela uma crítica sobre a desconexão entre a vontade popular e as práticas democráticas, destacando a urgência de fortalecer as instituições, promover a educação cívica e combater a desinformação para garantir uma democracia mais inclusiva, sólida e capaz de responder às necessidades da sociedade.