FRONTEIRAS E SAÚDE: A RELAÇÃO ENTRE PARASITAS INTESTINAIS, CONDIÇÕES SOCIAIS E ESTRATÉGIAS DE MITIGAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n4-104Keywords:
Parasitas intestinais, Populações de fronteira, Saúde pública, Desnutrição, ZoonosesAbstract
As infecções parasitárias intestinais são favorecidas por práticas inadequadas de saneamento básico, consumo de água contaminada, higiene pessoal deficiente e hábitos culturais, como o contato direto com o solo sem proteção. Além disso, fatores socioeconômicos, como a pobreza e o difícil acesso aos serviços de saúde, contribuem para a disseminação dessas doenças em regiões fronteiriças. Este trabalho analisa a prevalência e os impactos de enteroparasitas como Ascaris lumbricoides, Giardia lamblia e Entamoeba histolytica, destacando suas formas de transmissão e consequências para a saúde relacionadas à desnutrição, atraso no desenvolvimento infantil e aos prejuízos socioeconômicos. A mobilidade populacional, o saneamento básico precário e práticas culturais são identificados como fatores que agravam a vulnerabilidade dessas comunidades. Diferencia-se também entre parasitas zoonóticos, como Toxocara spp. e Fasciola hepatica, e aqueles exclusivamente humanos, ressaltando a necessidade de estratégias específicas de controle. Conclui-se que investimentos em saneamento, educação sanitária e acesso a serviços de saúde são essenciais para reduzir a carga das parasitoses intestinais e melhorar a qualidade de vida das populações de fronteira.