MUTAÇÕES GENÉTICAS COMUNS ENTRE DIABETES TIPO 2 E CÂNCER DE PÂNCREAS: REVISÃO SISTEMÁTICA DE LITERATURA
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n3-032Keywords:
Câncer de Pâncreas, Diabetes Mellitus, Terapia GênicaAbstract
INTRODUÇÃO: O câncer de pâncreas (CP) é uma das neoplasias mais agressivas e letais. Entre os principais fatores de risco está a diabetes mellitus (DM), que aumenta significativamente a sua probabilidade e desenvolvimento. Estudos indicam que pacientes com DM têm um risco maior devido a mutações genéticas comuns aos dois quadros, que afetam tanto o ciclo celular quanto o metabolismo, promovendo a oncogênese e a resistência à insulina. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura sobre as mutações genéticas compartilhadas entre CP e DM e as abordagens terapêuticas atuais, com foco na terapia gênica. A busca foi realizada na base de dados PubMed Advanced, utilizando os descritores (DECS/MeSH): "pancreatic cancer", "diabetes mellitus" e "genetic therapy". Foram selecionados 15 artigos para análise detalhada. RESULTADOS: A revisão identificou mutações genéticas significativas associadas tanto ao CP quanto ao DM. Entre os genes mais relevantes estão KRAS, CDKN2A, TP53, CFTR e SPINK1. Em termos de abordagens terapêuticas, destacam-se a edição genética com CRISPR/Cas9, o uso de vetores virais para entrega de genes terapêuticos e a modulação de microRNAs. DISCUSSÃO: A inter-relação entre CP e DM é profunda e vai além de uma simples coexistência de condições. Mutações em genes como KRAS, TP53 e CDKN2A não só impulsionam a oncogênese, mas também afetam o metabolismo da glicose, contribuindo para a resistência à insulina. A terapia gênica, em especial a edição com CRISPR/Cas9, aparece como uma solução promissora, oferecendo uma alternativa mais específica e menos invasiva em comparação aos tratamentos convencionais, como quimioterapia e radioterapia. CONCLUSÃO: O estudo sublinha a importância de se compreender as mutações genéticas comuns entre CP e DM, com ênfase nos genes KRAS, CDKN2A, TP53, CFTR e SPINK1. A terapia gênica, especialmente por meio da edição genética com CRISPR/Cas9, mostra-se uma abordagem promissora para corrigir essas mutações. Contudo, são necessários mais estudos para garantir a segurança e a eficácia dessas técnicas em humanos, especialmente no que diz respeito aos possíveis efeitos off-target e à resposta imune.