EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS NO BRASIL: MONOCULTURALISMO E A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE NEGRA
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n2-304Palavras-chave:
Monoculturalismo, Currículo, IdentidadeResumo
O Brasil, um país historicamente marcado pelo racismo estrutural, a escola tem sido tanto um espaço de reprodução das desigualdades raciais quanto um potencial agente de transformação social. O monoculturalismo presente na educação brasileira dificulta a valorização das identidades negras, reforçando a hegemonia eurocêntrica nos currículos escolares e materiais didáticos e diante desse cenário, este estudo investiga a relação entre a educação e a construção da identidade negra nos espaços escolares, destacando desafios e possibilidades para a promoção da diversidade étnico-racial. A justificativa para esta pesquisa reside na necessidade de compreender os impactos do monoculturalismo na formação identitária dos estudantes negros e na busca por práticas pedagógicas mais inclusivas e representativas. A partir da implementação da Lei 10.639/2003, que tornou obrigatório o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, novas perspectivas foram introduzidas no debate educacional, mas ainda há desafios na efetivação dessas políticas. O estudo adota uma abordagem qualitativa, baseada na revisão bibliográfica de autores que discutem educação, identidade e relações étnico-raciais no Brasil. Os resultados apontam que, apesar dos avanços proporcionados pelas políticas educacionais, a presença de um currículo eurocêntrico e a ausência de formação docente específica ainda limitam a promoção de uma educação antirracista. A pesquisa destaca a necessidade de ações mais efetivas, como a reformulação curricular, a ampliação da formação de professores e o incentivo a práticas pedagógicas que valorizem a história e a cultura afro-brasileira.