ANÁLISE DE SITUAÇÃO DA SÍFILIS CONGÊNITA NA MACRORREGIÃO NORTE DO RIO GRANDE DO SUL: ESTUDO DE UMA DÉCADA EM CRIANÇAS MENORES DE UM ANO
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n2-067Keywords:
Sífilis Congênita, Estudo de Séries Temporais, Assistência Pré-NatalAbstract
Objetivo: analisar a situação da incidência de sífilis congênita (SC) na Macrorregião Norte do estado do Rio Grande do Sul (RS) no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2019 e quais os principais fatores sociodemográficos e clínicos associados. Metodologia: estudo ecológico de série temporal realizado com 837 casos de SC com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde (SINAN). Foi analisada a taxa média de incidência anual de SC e as seguintes variáveis: sexo, faixa etária, cor de pele, classificação final e evolução. As análises de tendência temporal foram realizadas com o modelo de Prais-Winsten. Resultados: A taxa média de incidência e tendência temporal de SC em menores de um ano de idade foi de 5,62 casos a cada 1.000 crianças na Macrorregião Norte, sendo a maior taxa na R17-Planalto, com 12,22 casos a cada 1.000 crianças. Todas as Regiões de Saúde da Macronorte apresentaram tendência crescente, exceto a R19-Botucaraí que demonstrou tendência estacionária. Os municípios com maior população e menor cobertura da Atenção Primária à Saúde (APS) apresentaram incidência de SC superior, provavelmente pelas dificuldades em garantir acesso ao pré-natal e puerpério. Conclusão Sendo a SC um evento sentinela da qualidade assistencial da linha de cuidado materno-infantil, esses resultados podem orientar a tomada de decisões pautadas em indicadores epidemiológicos, otimizando recursos e assegurando o cumprimento das metas estabelecidas pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável/ Agenda 2030.