A CRISE GLOBAL DA RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA: IMPACTOS NA SAÚDE PÚBLICA E DESAFIOS PARA O FUTURO DOS ANTIBIÓTICOS

Authors

  • Luiz Filipe Santos Costa Author
  • Sasha Regina das Graças Saldanha Author
  • Elijalma Augusto Beserra Author
  • Maria Jaciane de Almeida Campelo Author
  • Jennyfer Souza Andrade Author
  • Marina da Silva Junqueira Author
  • Isabel Cristina Adão Schiavon Author
  • Júlia Lodigiani Rodrigues Bragança Author
  • André Luiz Baptista Galvão Author
  • Ana Claudia Rodrigues da Silva Author

DOI:

https://doi.org/10.56238/arev7n2-014

Keywords:

Resistência a Medicamentos, Antimicrobianos, Saúde Pública

Abstract

A resistência antimicrobiana (RAM) representa um grave desafio global, comprometendo a eficácia dos tratamentos contra infecções bacterianas. Desde os primeiros casos de resistência à penicilina, o uso inadequado de antimicrobianos e a escassez de novos medicamentos favorecem o aumento de microrganismos multirresistentes. No Brasil, a RAM está associada a milhares de mortes anuais, evidenciando a urgência de estratégias para conter seu avanço e garantir tratamentos eficazes. Este artigo tem como objetivo explorar a crise global da resistência antimicrobiana, analisando seus impactos na saúde pública e os desafios enfrentados para assegurar o futuro dos antibióticos. Trata-se de uma abrangente revisão integrativa da literatura, conduzida em 2025, baseada em consultas as bases de dados LILACS, MEDLINE e PubMed. Projeções indicam que, até 2050, a RAM poderá causar até 10 milhões de mortes anuais, com impacto crescente em idosos, agravado pelo uso inadequado de antimicrobianos, automedicação e fatores estruturais como saneamento precário. A RAM dificulta o tratamento de doenças como tuberculose multirresistente e gonorreia, enquanto ambientes hospitalares favorecem o surgimento de microrganismos nutritivos. Estratégias inovadoras, como fagoterapia, edição genética e inteligência artificial, somam-se a campanhas educativas e programas de gerenciamento para mitigar esse desafio. A abordagem "Saúde Única", liderada pela OMS, reforça ações integradas em saúde humana, animal e ambiental, destacando a necessidade de políticas públicas robustas, vigilância epidemiológica e investimentos sustentáveis para controlar a disseminação da RAM e reduzir seus impactos. Conclui-se que, os mecanismos da RAM e a propagação de patógenos resistentes comprometem os tratamentos, aumentam os custos e agravam a morbimortalidade, especialmente em países de baixa e média renda. Nesse contexto, a educação em saúde, políticas públicas para o uso racional de antimicrobianos, vigilância epidemiológica e tecnologias inovadoras, são essenciais para mitigar os impactos da RAM. Profissionais de saúde, desempenham papel estratégico na conscientização e prevenção, contribuindo para práticas mais seguras e eficazes no enfrentamento desse problema global.

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Published

2025-02-04

Issue

Section

Articles

How to Cite

COSTA, Luiz Filipe Santos et al. A CRISE GLOBAL DA RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA: IMPACTOS NA SAÚDE PÚBLICA E DESAFIOS PARA O FUTURO DOS ANTIBIÓTICOS. ARACÊ , [S. l.], v. 7, n. 2, p. 4753–4768, 2025. DOI: 10.56238/arev7n2-014. Disponível em: https://periodicos.newsciencepubl.com/arace/article/view/3118. Acesso em: 17 feb. 2025.