A CRISE GLOBAL DA RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA: IMPACTOS NA SAÚDE PÚBLICA E DESAFIOS PARA O FUTURO DOS ANTIBIÓTICOS
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n2-014Keywords:
Resistência a Medicamentos, Antimicrobianos, Saúde PúblicaAbstract
A resistência antimicrobiana (RAM) representa um grave desafio global, comprometendo a eficácia dos tratamentos contra infecções bacterianas. Desde os primeiros casos de resistência à penicilina, o uso inadequado de antimicrobianos e a escassez de novos medicamentos favorecem o aumento de microrganismos multirresistentes. No Brasil, a RAM está associada a milhares de mortes anuais, evidenciando a urgência de estratégias para conter seu avanço e garantir tratamentos eficazes. Este artigo tem como objetivo explorar a crise global da resistência antimicrobiana, analisando seus impactos na saúde pública e os desafios enfrentados para assegurar o futuro dos antibióticos. Trata-se de uma abrangente revisão integrativa da literatura, conduzida em 2025, baseada em consultas as bases de dados LILACS, MEDLINE e PubMed. Projeções indicam que, até 2050, a RAM poderá causar até 10 milhões de mortes anuais, com impacto crescente em idosos, agravado pelo uso inadequado de antimicrobianos, automedicação e fatores estruturais como saneamento precário. A RAM dificulta o tratamento de doenças como tuberculose multirresistente e gonorreia, enquanto ambientes hospitalares favorecem o surgimento de microrganismos nutritivos. Estratégias inovadoras, como fagoterapia, edição genética e inteligência artificial, somam-se a campanhas educativas e programas de gerenciamento para mitigar esse desafio. A abordagem "Saúde Única", liderada pela OMS, reforça ações integradas em saúde humana, animal e ambiental, destacando a necessidade de políticas públicas robustas, vigilância epidemiológica e investimentos sustentáveis para controlar a disseminação da RAM e reduzir seus impactos. Conclui-se que, os mecanismos da RAM e a propagação de patógenos resistentes comprometem os tratamentos, aumentam os custos e agravam a morbimortalidade, especialmente em países de baixa e média renda. Nesse contexto, a educação em saúde, políticas públicas para o uso racional de antimicrobianos, vigilância epidemiológica e tecnologias inovadoras, são essenciais para mitigar os impactos da RAM. Profissionais de saúde, desempenham papel estratégico na conscientização e prevenção, contribuindo para práticas mais seguras e eficazes no enfrentamento desse problema global.