LINFOMA HEPATOESPLÊNICO DE CÉLULAS T COMO CAUSA DE HIPERESPLENISMO: UM CASO RARO DE LINFOMA NÃO-HODGKIN QUE REQUER ESPLENECTOMIA
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev6n4-473Palavras-chave:
Hepatoesplenomegalia, Hiperesplenismo, Pancitopenia, Esplenectomia, Linfoma de células TResumo
O linfoma hepatoesplênico de células T (HSTCL) representa um subconjunto raro e agressivo de linfomas periféricos de células T com desafios diagnósticos complexos. Apresentamos o caso de um homem de 26 anos que apresentou hepatoesplenomegalia progressiva, pancitopenia persistente e infecções recorrentes. A investigação diagnóstica inicial, incluindo múltiplas biópsias esplênicas e avaliação da medula óssea, mostrou-se inconclusiva. O paciente foi submetido a esplenectomia terapêutica devido a hiperesplenismo grave, resultando em um espécime de 3.970g. Apesar das complicações pós-operatórias exigirem cirurgia de controle de danos, o paciente obteve melhora hematológica sustentada. A análise imuno-histoquímica do espécime de esplenectomia revelou uma população atípica de células T (CD2+/-, CD3+, CD7+) com coexpressão de CD56, confirmando o HSTCL. Este caso enfatiza a importância do diagnóstico diferencial abrangente na hepatoesplenomegalia criptogênica e destaca a esplenectomia como ferramenta diagnóstica e terapêutica. Mais pesquisas em centros especializados são necessárias para entender melhor os resultados a longo prazo e os benefícios potenciais da esplenectomia no tratamento do HSTCL.