ARBOVIROSES NO BRASIL: DESAFIOS PARA A SAÚDE PÚBLICA E O PAPEL CRUCIAL DO SANEAMENTO BÁSICO

Resumo

Introdução: O Brasil, com sua vasta extensão territorial e alta densidade populacional, apresenta uma significativa ocorrência de arboviroses, como dengue, zika e chikungunya. Essas doenças, amplamente relatadas em diferentes regiões, compartilham sintomas semelhantes, o que dificulta o diagnóstico e o controle, impactando negativamente o sistema de saúde pública. O principal vetor dessas doenças é o mosquito Aedes aegypti, tornando seu controle populacional uma prioridade nas estratégias de prevenção. Objetivo: Este artigo de revisão teve como objetivo analisar as principais arboviroses em circulação no Brasil, discutir os fatores associados ao aumento de sua incidência e destacar a relevância do saneamento básico como ferramenta de prevenção. Metodologia: Para a elaboração deste trabalho, foi realizada uma revisão integrativa da literatura em bases de dados científicas, incluindo artigos publicados entre 2000 e 2023. Foram selecionados estudos que abordam a epidemiologia, vetores, fatores de risco, impacto na saúde pública e medidas de controle das arboviroses no Brasil. Dados sobre políticas públicas de saneamento básico e sua relação com a incidência dessas doenças também foram analisados. Resultado e Discussão: A análise revelou que a alta incidência de arboviroses está associada a fatores como condições inadequadas de saneamento, práticas de armazenamento de água em áreas com acesso limitado a abastecimento regular e mudanças climáticas. Estudos indicam que regiões com menor cobertura de saneamento básico apresentam maior prevalência de focos do mosquito vetor. A revisão também destacou a importância de medidas integradas de controle, como o manejo ambiental, o uso de tecnologias biológicas e químicas e a conscientização da população, como estratégias para reduzir a proliferação do Aedes aegypti e o número de casos. Conclusão: O enfrentamento das arboviroses no Brasil exige investimentos em infraestrutura de saneamento básico, políticas públicas direcionadas e ações educativas que incentivem a eliminação de focos do mosquito. A implementação de estratégias integradas pode minimizar o impacto dessas doenças na saúde pública e melhorar a qualidade de vida da população.